Nordeste se reinventa frente ao aquecimento global

por Carlos Britto // 22 de junho de 2024 às 09:00

Roberto Malvezzi, Assessor da ANBB e da Pastoral da Terra. Foto: Arnaldo Sete/Marco Zero

O Nordeste brasileiro, historicamente associado às secas severas, agora enfrenta um novo desafio com o aumento das temperaturas e secas prolongadas decorrentes das mudanças climáticas globais. Segundo projeções, a região está entre as mais afetadas mundialmente, ao lado de áreas na Europa e Austrália.

Para entender como as comunidades estão respondendo a esses desafios, equipes da Marco Zero percorreram Bahia, Ceará e Paraíba em parceria com a Rede de Assistência Técnica e Extensão Rural de Agroecologia (Rede Ater NE). O resultado será apresentado na série de reportagens “A reinvenção do Nordeste”, destacando iniciativas que unem desenvolvimento econômico, sustentabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida.

Em contraste com o estigma de região problemática, o Nordeste demonstra avanços significativos na adaptação às condições climáticas adversas. Movimentos sociais e agricultores abandonaram políticas tradicionais de combate à seca, adotando a “convivência com o semiárido”. Inovações como as cisternas de placas e práticas agroecológicas têm sido fundamentais, descentralizando o acesso à água e promovendo um novo modelo de agricultura sustentável.

Embora os desafios sejam imensos, o engajamento da sociedade civil tem sido crucial, superando lacunas deixadas pelas políticas públicas tradicionais. A série de reportagens da Marco Zero, que tem início na próxima semana, irá explorará como essas iniciativas podem servir de exemplo não apenas para o Brasil, mas também para outras regiões enfrentando crises climáticas semelhantes ao redor do mundo.

Nordeste se reinventa frente ao aquecimento global

  1. Otavio disse:

    No Semiárido chove simplesmente, no mínimo, isto é, quando as chuvas são escassas. são 200 bilhões de metros cúbicos, logo o que falta são políticas públicas para aproveitar toda essa água. Soluções existem, algumas já praticadas por alguns, as cisternas de placas e ou de PEAD, ou poliuretano, são apenas uma peça na solução, tem que haver uma barragem subterrânea/galgável+ um Poço Amazonas + um pequeno bombeamento para a cisterna + um pequeno Projeto de Irrigação por micro aspersão para até 2 hectares e aí o homem da localidade terá água o ano inteiro, produzir para o seu sustento e até poder vender os excedentes.

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