Nosso Zé Manoel lança CD no Recife e recebe elogios da crítica

por Carlos Britto // 05 de maio de 2012 às 22:00

Pianista, cantor e compositor, Zé Manoel vem se destacando na cena musical pernambucana. Neste sábado (5), ele lançou seu primeiro CD, que tem o nome dele, no Teatro de Santa Isabel, no Recife. O disco traz um repertório autoral, onde o músico interpreta o dia a dia de sua vida em Petrolina (município a 722 quilômetros do Recife), onde nasceu.

O álbum é resultado do prêmio que Zé Manoel ganhou ao vencer o Pré-AMP em 2011, festival realizado pela Prefeitura do Recife, conhecido por buscar novos talentos da cidade.

Zé Manoel começou a estudar piano aos 10 anos e, diferente das orientações clássicas para o instrumento, iniciou com choros de compositores brasileiros, como Chiquinha Gonzaga.

O resultado se apresenta no álbum em forma de canções leves, que passeiam entre o samba, a valsa e o jazz, com claras influências de músicos como Chico Buarque, Tom Jobim e Sivuca.

Em conversa com o G1, o cantor também aponta referências atuais, principalmente as músicas recifenses e o samba de São Paulo. Por sinal, a única música do disco que não é composta pelo músico é “Samba Manco”, do paulista Kiko Dinucci. Zé Manoel explica a escolha:

“Acompanho o trabalho dele e de Rodrigo Campos e me identifico com o que eles fazem. Existe ali uma reverência ao samba, mas sem medo de mexer nele. Então, foi uma forma de trazer isso para o meu trabalho. Além disso, escolhi essa música especificamente porque o samba é no mesmo compasso das valsas que estão no disco”.

Para a gravação do CD, que foi feita no Estúdio Carranca, no Recife, e no Zaga Music, no Rio de Janeiro, o músico contou com a parceria de nomes como Gilú Amaral, da Orquestra Contemporânea de Olinda, Sérgio Campelo, do Sagrama, Adelson Silva, da Spok Frevo Orquestra, e Vinícius Sarmento. Sobre os colegas, Zé Manoel disse que “o encontro foi muito natural, a gente não escolhe o parceiro que vai dar certo, sabe? Mavi Pugliesi, por exemplo, que me ajudou a compor a música “Sol das Lavadeiras” tem uma sintonia muito boa comigo, já estamos planejando outros projetos”.

O disco esteve à venda no show de lançamento e depois na loja Passadisco e na Livraria Cultura.

Serviço
Lançamento do CD de Zé Manoel
Teatro de Santa Isabel – Praça da República, bairro de Santo Antônio, centro do Recife
Sábado, 5 de maio, a partir das 21h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) – À venda no Teatro Santa Isabel, no Bogart Café e na Passadisco
Informações: (81) 3355-3322 | (81) 9752-9254

Nosso Zé Manoel lança CD no Recife e recebe elogios da crítica

  1. Tarcisio Menezes disse:

    Muito bom o CD desse cara… é um produto digno de exportação, pena que como diversos outros artistas da região, teve que sair pra ser reconhecido pelo próprio povo. Porém, tenho esperanças de que um dia isso vai mudar.
    Boa sorte ao Zé!

    1. maria disse:

      Infelizmente tudo de bom de Petrolina teve que sair para poder ser reconhecido. Petrolina é muito ingrata com seus filhos, agora o que não presta que vem de fora é festejado e idolatrado.

  2. Hednilson Bezerra disse:

    Esse é dos bons, nós estamos felizes.
    Hednilson e equipe do Sesc

  3. Odilon Barros disse:

    Em primeiro lugar meus parabens a Zé Manoel e que o bom Deus o ajude a conseguir os objetivos, o sucesso. Para os menos avisados Zé Manoel foi premiado em todos os festivais que participou em Petrolina e Juazeiro, e Recife foi a cidade escolhida para aprimorar os seus conhecimentos e concluir os estudos em escolas de música de referencia além de conviver com outros bons musicos e compositores e com certeza ainda vai ter que procurar outros centros mais desenvolvidos. Vamos lá Zé Manoel, voce tem muito talento, boa sorte.

  4. GUILLIARD PEREIRA disse:

    Grande Zé… feliz em ver o sucesso do amigo e parceiro musical !!!
    A título de conhecimento, divido a satisfação de ter uma música nesse disco, fruto de uma parceria nossa: “SAMBA TEM”…

    Infelizmente, os santos de casa tem que fazer milagre fora…
    compreensível pelo mercado local não absorver o que aqui se produz, por outro lado não aceitável por não ver a cidade buscar conhecer a qualidade do que aqui se faz…
    São inúmeros poetas, compositores e músicos de qualidade, com trabalho voltado à essência nordestina, porém numa universalidade que flerta com o ar “cosmopolita” dessa nossa cidade…

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