Escolhida pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o Ministério do Trabalho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) foi citada nas duas delações premiadas que sacudiram a política brasileira em 2017: a da Odebrecht e a da JBS. Executivos das empresas atribuíram a Cristiane, filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson, cacique-mor do PTB e delator do mensalão, participação na negociação da suposta venda do apoio político do partido e o recebimento de dinheiro via caixa-dois nas eleições de 2014.
O ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud disse aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que a empresa comprou o apoio petebista à campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A nova ministra foi uma das principais articuladoras da adesão do partido, então na base aliada da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), às fileiras aecistas naquele ano.
Conforme o delator, Cristiane e o deputado federal Benito Gama (PTB-BA) indicaram o tesoureiro do PTB, Luiz Rondon, para receber R$ 20 milhões, suposto “preço” do apoio do partido ao tucano. Saud afirma que R$ 17 milhões foram doados oficialmente a diretórios estaduais do PTB, R$ 2 milhões entregues a Rondon em dinheiro vivo, e R$ 1milhão depositado em contas indicadas pelo tesoureiro.
Outro delator a citar a nova ministra do Trabalho foi Leandro Andrade, executivo da Odebrecht. Ele afirmou ao MPF que Cristiane Brasil foi pessoalmente a um escritório no Rio de Janeiro para retirar R$ 200 mil em espécie. Andrade narrou que, durante a suposta entrega do montante, levado ao local por um operador, um “fato pitoresco” aconteceu. Cristiane teria ficado incomodada com uma câmera na sala. “Existia uma câmera para fazer conference call e Skype com minhas obras no interior. Ela ficou super incomodada com aquilo, achando que eu estava gravando aquele momento. Ela perguntou: ‘mas aquilo ali funciona?’. Eu percebi o constrangimento e falei: ‘não se preocupe que aquilo não é…’. Eu mesmo fui lá, tirei a câmera e botei no chão”, relatou.
O Supremo Tribunal Federal (STF) não determinou abertura de inquérito para investigar o suposto recebimento de dinheiro por Cristiane Brasil. (Fonte: Veja/foto: Câmara dos Deputados)
Um governo desse pode ser sério? Primeiro tenta colocar um parlamentar que foi barrado pelo ilustre e imortal José Sarney aí depois coloca nada mais nada menos do que Roberto Jefersson, digo, a filha dele, que no fim das contas dá no mesmo né, uma gente envolvida até o talo em casos de corrupção, é brincadeira viu… E os nossos representantes de Petrolina se alia a gente dessa estirpe, tudo visando um projeto de poder pessoal e familiar, vê se pode. Acorda Povo, presta atenção. Não dá pra continuar persistindo nos mesmos erros.