Uma nova pesquisa do Colegiado de Economia da Faculdade de Petrolina (Facape) mostrou que os valores da cesta tiveram um aumento 0,89% em Juazeiro e 0,76% na cidade pernambucana, em relação ao mês anterior. Considerando as informações das duas cidades agregadas, a inflação no período foi de 0,82%, sendo observado os últimos 12 meses. Em Juazeiro os alimentos acumularam alta de 12,33%; já em Petrolina o acúmulo é de 10,64%, consistindo o fim do ano de 2021 com alta dos alimentos na casa de 2 dígitos.

Já o arroz e a banana tiveram uma redução de preços em Petrolina no acumulado dos 12 meses. “Todos os dez demais produtos tiveram aumentos expressivos. A explicação para a alta dos preços é basicamente a questão cambial, que por um lado favorece as exportações e reduz a oferta interna e, por outro lado, aumenta os custos de produção por encarecer insumos,” explicou o coordenador da pesquisa, professor João Ricardo Lima.

Ainda segundo o professor, fatores climáticos como o frio e a crise hídrica também reduzem a oferta interna dos produtos que compõem a cesta básica. “A demanda ficou bastante impactada com a redução do poder de compra pela inflação e a diminuição da renda total devido ao desemprego. O comportamento do consumidor contribuiu para não se ter ainda mais um cenário de pressão sobre os preços. Contudo, foi necessário reduzir margens no produtor, atacado e varejo. Mesmo assim, a alta de preços pesou no orçamento das famílias da região”, completou João Ricardo Lima.