A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamenta a venda de produtos de conveniência e medicamentos em farmácias entrou em vigor hoje (18).
A resolução proíbe a venda de produtos alheios à saúde, como comidas e bebidas, e determina que os remédios sem prescrição médica fiquem atrás do balcão. Para a Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma), isso restringe o poder de escolha do consumidor, que terá mais dificuldade de comparar preços.
Além disso, de acordo com a associação, a proibição da venda de produtos alheios à saúde poderia provocar alta nos preços. “Hoje a venda de produtos de conveniência ajuda a subsidiar os preços baixos de medicamentos”, diz Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma. Para ele, o Brasil está indo na contramão de outros países. “No mundo inteiro, a farmácia amplia seus serviços. Só o Brasil restringe a sua atuação.
Já o Conselho Regional de Farmácia defende o cumprimento da RDC 44/2009. O diretor do órgão Pedro Menegasso acredita que a função da farmácia tem se desvirtuado. “Trata-se de estabelecimento diferenciado, pois lida com produtos que, se mal administrados, podem matar. Não dá para prestar um serviço de saúde adequado no meio da bagunça que virou a farmácia.” Menegasso relata conhecer drogarias que vendem até bebida alcoólica.