Uma obra sobre o movimento messiânico ocorrido em 1938, no povoado Pau-de-Colher, em Casa Nova, Sertão da Bahia, 41 anos depois da Guerra de Canudos. Essa é a história narrada no novo livro do escritor Aroldo Ferreira Leão, que será lançado nesta sexta-feira (11), às 19h30, no Cineteatro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina
Intitulada ‘Pau-de-Colher: Contextos e Sentenças’, a obra de autoria deste poeta, auditor fiscal e professor de matemática da Univasf traz, em 700 páginas, uma rica iconografia que ilustra uma história do conflito camponês religioso, social e político, também conhecido como a Guerra dos Caceteiros, que resultou em cerca de 5 mil mortos na fronteira entre os Estados da Bahia, Pernambuco e Piauí.
Feita a partir de uma centena de entrevistas, com depoentes de grande relevância para o entendimento da “guerra” (dentre os quais alguns que participaram da mesma e escaparam milagrosamente), a obra é uma história oral contada em linguagem acessível e palatável. Autor de 178 livros publicados e com participação em 52 antologias, Aroldo Leão, nesta obra, se fez também jornalista, historiador, sociólogo e fotógrafo memorialista, transportando o leitor por desconhecidos labirintos didáticos da história, que não faz parte do mapa dos livros escolares e nem teve a ressonância midiática do movimento de Canudos. O último livro, ‘Euclides e a Incomensurabilidade: O profundo tear das abrangências’, foi lançado em junho deste ano.
Aroldo Leão tem Doutorado em Educação Matemática e também em Epistemologia e História da Ciência. Escreve poesias, crônicas, contos, romances e se dedica a pesquisas de temas ligados ao Sertão, como o cangaço, messianismo, literatura de cordel e cantadores. Em 2013 recebeu o Prêmio Jabuti, juntamente com diversos professores da Univasf, pela escrita da obra Flora das Caatingas do Rio São Francisco, onde participou com a escrita do terceiro capítulo – sobre os índios Cariris do Sertão.
Parabéns, meu prezado Aroldo.
Abraço
Minha mãe ficou órfã de pai e mãe nesse conflito e ainda perdeu a irmã mais nova, tias, outros parentes e muitos conhecidos. Ela e a única irmã sofreram na infância e adolescência sendo criadas por parentes mas posso dizer que venceram mesmo tendo ficado as cicatrizes profundas. Minha mãe nos deixou na quarta feira, dia de finados, aos 95 anos de idade, minha tia continua e está com 96.
Excelente, Prof. Aroldo. Participarei desse evento imperdível ainda mais por tratar de mais um tema extremamente necessário e pouco desenvolvido pela historiografia nacional. Um forte abraço amigo e parabéns ao jornalista Carlos Britto por esse importante papel de divulgação e promotor cultural