A ficha foi caindo aos poucos e ontem a história terminou. Encontrar Percol, Severo e Marcelo pelas estradas ou nos hotéis era lugar comum pra gente. Risadas e tirações de onda eram garantidas.Nunca mais vai acontecer, não com eles.
Tenho uma amiga, jornalista no Recife, que não votava em Eduardo, mas a admiração era evidente: “Ele vai buscar os filhos no colégio de short e tênis como todo mundo. Nem parece que era uma pessoa tão importante”, me disse diversas vezes.
Eduardo Campos sempre foi um cara diferente. Me chamava de Carlinhos, me tinha muita atenção e fez vários gestos de carinho, deferência e cuidado comigo. Todo mundo agora fala dele como presidenciável. Nós o chamávamos de Dudu, mesmo. Não na frente dele, longe dessa intimidade, mas como se apelida alguém por trás. Acho que não ia ligar se soubesse.
Me prestigiou diversas vezes e, acredito, que nunca tenha pisado em nenhum Blog. No meu ele foi e levou a maioria dos seus secretários em uma visita a Petrolina com ele. Mostrava respeito por nós.
Me tratou sempre com respeito e valorização, e eu agradeço por isso. Uma morte dessas não permite despedidas, mas cabe reconhecimento. Quem o conhecia de perto sabe como gostava de contar piadas, histórias, imitar….Coisas assim.
Ele podia entrar para a história apenas como o neto político de Miguel Arraes, mas era teimoso, peitudo e obstinado. Transformou-se no cara que poderia mudar o Brasil e, quando foi enterrado ao lado do avô, na noite deste domingo, saiu de vez dessa vida para poder nascer um novo mito.
EMOCIONANTE… E FORA DE OPORTUNISMO… MEUS SENTIMENTOS!