A professora Socorro Lacerda conta as horas para o lançamento do seu livro, “O Mistério do Sumiço do Velho Chico” (o primeiro da educadora), que acontecerá no Sesc Petrolina nesta quarta-feira (9), às 17h.
Durante a solenidade o público, que deverá ser formado em sua maioria por jovens e crianças vai degustar também um bom suco de frutas e curtir apresentações culturais organizadas pelo Sesc, parceiro no evento.
A própria autora definiu, ao Blog, o enredo da sua obra que promete encantar dos oito aos 80. Confiram:
“O Mistério do Sumiço do Velho Chico” é uma história de denúncia e anúncio, barco que navega com a leveza da sinceridade das crianças, buscando tocar as mentes e os corações de crianças de todas as idades. Sua personagem principal, a menina Claraluz, é cuidadora do rio. Vive no Reino Encantado do Velho Chico com sua mascote, a Carranca Medrosa Umburana, quando um mistério terrível abala o Reino: o rio dasaparece! Claraluz, num ato corajoso de amor pelo rio, articula uma poderosa mobilização e reúne todos os viventes do Reino para desvendar o mistério.
Árvores e bichos, pescadores, lavadeiras e poetas, lendas encantadoras também são personagens. Canções ribeirinhas, iguarias… tudo surge no livro para integrar um cenário pleno de marcante identidade sertaneja. A suspeitíssima Serpente da Ilha do Fogo aparece e chama a atenção para o massacre das águas pelos seus usuários. Ela engoliu o rio e poderá devolvê-lo ao Reino, desde que aprendam uma lição…
Para além da natureza literária, o livro é um verdadeiro despertar para a beleza de nossa fauna e flora, para a doçura de nossas canções… Um apelo para uma consciência do cuidado com o Rio São Francisco. Há que se destacar a intenção de provocar um debate entre as crianças, puxando-as pelos corações: Não poluam! E, principalmente, não permitam que poluam o Velho Chico!
É uma obra que traz valores, traz amor e bondade.
Destaco o belíssimo trabalho do ilustrador Bruno Dante, que interage com meu conto literário de uma forma emocionante, revelando com isso que o Rio São Francisco é mesmo um patrimônio que desperta o amor de muita gente neste mundo.
Defendo que a literatura infanto-juvenil seja para pessoas de todas as idades. Costumo comprar livros infantis para meu deleite. Acho que é sempre bom despertar a criança que vive dentro de nós…como diz o poeta: “Há um menino, há um moleque, morando dentro do meu coração…”
Desde menina, ia tomar banho no rio escondido, escutava o canto das lavadeiras, as histórias dos pescadores… Era tão encantador ouvi-los contar as peraltices do Nêgo D’água. É quase impossível não me emocionar vendo o rio, respirar seu cheiro… um mergulho no rio é energizante…
Mas o mais marcante mesmo foi a mais doce contadora de histórias, Dona Iêda, minha mãe, que nos emocionava com suas histórias todas as noites, antes de dormir. Esse hábito não pode deixar de existir, é preciso resgatar esse contato entre filhos e pais… a criança internaliza muito facilmente o desejo de conhecer as histórias ou de lê-las. O gosto pela leitura é despertado a partir das histórias ouvidas.
Tenho o desejo de que os leitores e leitoras emocionem-se, pois essa é a função da arte. Mas o livro não deixa de ter segundas intenções. É impossível não refletir sobre questões ambientais. Há ainda a riqueza sertaneja representada nos cenários…a fauna, a flora, a presença dos ícones-símbolos que habitam o rio, como a carranca, as lendas, as manifestações culturais.
Defendo que este livro apresente-se para o mundo como um instrumento de emoção, como uma declaração de amor ao cenário nordestino-sertanejo do Velho Chico. O rio está morrendo. Pior: estamos matando um dos rios mais importantes do mundo. Quero, contudo, esperançar a imprescindível reversão desta agressiva e insana negligência com este tesouro chamado Rio São Francisco!
Defendo, enfim, que possamos celebrar com essa história um estalar de responsabilidade ambiental e de carinho dentro das crianças…dos adultos, quiçá!
Socorro Lacerda/Professora
O rio traz água limpa
E em troca, recebe esgoto.
Onde está nossa civilidade?
Novas consciências precisam erguer-se para o novo tempo.
Felicitações, Socorro, pela obra em defesa do nosso rio redentor.
Socorro, minha doce e linda amiga, parabéns!!! Um grande beijo. Janjan.
Muito oportunismo pra meu gosto, queria era vê-la inventar o que não existe. A mim não me engana e além disso, sendo presidente da UBM, eu como mulher, quer deixar claro, esta senhora, não me representa!
Salvo engano, Socorro Lacerda é professora, bem que a senhora, que diz ser “Presidente”, poderia pedir aulas sobre gramática para ela. Socorro Lacerda, faria esse favor à humanidade? E à Srª Cecília também, claro!
Sr. Aurélio, perdoe o “A mim não me engana”.
Belíssimo trabalho da Profª Socorro Lacerda. Os habitantes do Vale do São Francisco têm que se orgulharem e falarem da sua terra e do rio. Parabéns, professora!