Obras na Avenida Honorato Viana viram mal-estar na Câmara de Petrolina

por Antonio Carlos Miranda // 20 de novembro de 2024 às 08:00

Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP

O debate acerca das dificuldades enfrentadas por comerciantes e clientes devido às obras de duplicação da Avenida Honorato Viana, realizado ontem (19) na Câmara Municipal de Petrolina, gerou um mal-estar entre o vereador Ronaldo Silva (PSDB) e integrantes da Comissão de Obras da Casa Plínio Amorim.

Líder da bancada governista e secretário da comissão, Diogo Hoffmann (UB) não gostou do comentário do oposicionista, o qual criticou duramente o fato de as obras – alardeadas pela prefeitura – terem começado sem que o governo do Estado tenha sido consultado. Ronaldo lamentou o que considerou “ausência” da comissão quanto ao tema. “Essa comissão nunca trabalhou nessa cidade, e não é agora que ela vai trabalhar”, alfinetou.

Hoffmann alegou que, ao contrário do que disse Ronaldo, esteve mais de uma vez na Honorato Viana, a convite de um amigo empresário, para verificar a situação. Ele afirmou ainda ter enviado ofícios ao Banco do Brasil e Caixa Econômica solicitando linhas de crédito aos empresários, que atualmente passam por sérias dificuldades financeiras em virtude dessas obras, mas foi solenemente ignorado. Hoffmann disse ainda ter conversado com o diretor-presidente do DNIT em Petrolina, Anderson Lima, e solicitou um cronograma das obras. “Diferente do que o colega falou, que é um ataque frontal ao parlamento, não só eu como outros colegas estivemos atuando na resolução dessa situação, mas não tivemos o êxito que esperávamos. Não são todas as batalhas que a gente vence, mas nem por isso a gente vai deixar de lutar”, frisou.

A presidente da Comissão de Obras, vereadora Maria Elena (UB), disse não ficar surpresa com declarações vindas dos oposicionistas. Para ela, o pior é o “fogo amigo” da sua própria bancada. Segundo a vereadora, a comissão não recebeu, em nenhum momento, um ofício relatando os problemas que vêm ocorrendo na Honorato Viana. Presidente em exercício da Mesa Diretora, Manoel da Acosap (UB), rebateu a fala de Elena ao justificar que não criticou a comissão. “Eu falei que a Comissão de Obras possa participar, por livre e espontânea vontade ou se foi provocada, o que não foi, porque nem a Casa nem a comissão receberam nenhum documento oficial. O que vai sair daqui, nesse momento, é uma ata. A senhora, como presidente (da comissão), depois pode procurar os representantes (dos empresários), ir ao local e redigir um relatório que se torna um documento oficial”, pontuou.

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