O deputado estadual Odacy Amorim (PT) deverá recorrer de uma decisão do juiz da 17ª Vara da Justiça Federal, Arthur Napoleão, que o condenou por improbidade administrativa quando foi prefeito de Petrolina (entre 2007 e 2008).

O processo, n.º 16 – 0001181-11.2013.4.05.8308, foi promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) e também tem como autor o município de Petrolina e Agência Nacional de Águas (ANA). Odacy, conforme decisão do MPF, teria deixado de prestar contas de um convênio do programa ‘Águas do Brasil’, cujo objetivo era a construção de cisternas na zona rural. Além de multa de R$ 5 mil, o ex-gestor ficou proibido de contratar com o poder público, diretamente ou por meio de empresa que seja sócio ou na qual tenha qualquer tipo de participação.

Ao Blog, Odacy comentou com exclusividade sobre o fato, na última sexta-feira (24), durante audiência pública sobre a Reforma Política. Ele explicou que o convênio foi herdado do seu antecessor, Fernando Bezerra Coelho, que na segunda gestão como prefeito firmou o convênio para construir as cisternas.

O problema, segundo Odacy, é que a empresa contratada “mergulhou nos preços”, ou seja, elevou o valor das cisternas, levando o então prefeito a tentar fazer o destrato e contratar outra empresa. Por conta da pendenga, a administração da época teria deixado de pagar os pedreiros contratados para construir as cisternas.

O deputado contou ter conseguido terminar de resolver a questão, mas atribui a uma falha no setor de convênios da prefeitura a pendência que ficou com a justiça. “Houve apenas um desencontro, por uma falha no setor de convênios, que não encaminhou o dinheiro à prestação de contas”, ressaltou Odacy, acrescentando que esse encaminhamento deveria ter sido dado pelo seu sucessor, Julio Lossio. Apesar de ter prazo para recorrer, ele se mostrou tranquilo. “Não houve desvio de recursos e o juiz já entendeu que não houve dolo, nem má fé. Há um prazo para o recurso e estou convicto de que serei isentado de qualquer responsabilidade”, declarou.