Policiais militares, motoristas de transportadoras e um advogado foram presos nesta terça (7), durante uma operação contra uma quadrilha especializada em roubos e receptação de cargas. Ao todo, a Polícia Civil cumpriu 18 mandados de prisão e dez de busca e apreensão em Pernambuco e em outros três estados do Nordeste.

A organização criminosa, envolvida com ao menos 12 assaltos, foi alvo da Operação ‘Carreteiros’. Em entrevista coletiva concedida na sede da Polícia Civil pernambucana, no Recife, foram repassados detalhes da ação.

Foram:

– 21 mandados de prisão expedidos;

– 18 mandados de prisão cumpridos;

– 4 PMs presos;

– Um advogado preso;

– 7 presidiários que atuavam de dentro de cadeias autuados;

– 10 mandados de busca expedidos e cumpridos;

– 12 ocorrências registradas m Boletins de Ocorrências (roubo, receptação, porte e armas e Homicídio);

– 120 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães participaram da operação.

A Polícia cumpriu mandados nos seguintes Estados:

Pernambuco

– Recife;

– Jaboatão dos Guararapes;

– Paulista;

– Olinda;

– Barreiros;

– Caruaru;

– Limoeiro;

– Itamaracá;

– São Caetano;

– Bonito.

Rio Grande do Norte

– Canguaretama;

– Goianinha.

Bahia

– Luís Eduardo Magalhães.

– Ceará

– Brejo Santo.

Segundo a polícia, os PMs de Pernambuco estão entres os capturados. Eles forneciam armas para a quadrilha e também participavam efetivamente dos assaltos. O advogado, também de Pernambuco, era o responsável pela logística de receptação da carga roubada. “Ele fazia a ligação entre os criminosos e os comerciantes que ficavam com as mercadorias”, afirmou o delegado Eduardo Cavalcante.

Ainda segundo o policial, os motoristas de transportadoras ou terceirizados tinham papel importante na organização criminosa. “Com informações privilegiadas, esses motoristas alertavam os integrantes da quadrilha para a movimentação de cargas mais valiosas”, afirmou.

Cavalcante disse que os condutores dos caminhões desligavam o sistemas de rastreamento por satélite e deixavam os veículos sem comunicação com as empresas.

O delegado revelou, ainda, que a organização tinha um alto “poder de fogo” e era “muito organizada“. Havia núcleos diferentes para cada tarefa:

– Célula de assaltos;

– Célula de logística e distribuição;

– Célula de entrega para receptadores.

Penas

Ainda de acordo com Cavalcante, as cargas eram levadas para o comércio clandestino ou para mercadinhos em vários municípios pernambucanos.

A polícia informou, também, que a operação vai prosseguir para tentar capturar os três foragidos. Os envolvidos foram autuados por roubo majorado, receptação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As penas são as seguintes:

– Roubo majorado: mais de dez anos de prisão;

– Organização criminosa: até oito anos de prisão;

– Lavagem de dinheiro: até dez anos de prisão e multa;

– Receptação: até 4 anos.

(Fonte: g1-PE)