Como este Blog já tinha divulgado, uma operação batizada de ‘Paradise’, realizada pela Polícia Federal em Araripina (PE), no Sertão do Araripe, na manhã desta quinta-feira (7), culminou com a prisão de 25 pessoas suspeitas de desviar recursos públicos da Secretaria Municipal de Educação.

Acompanhados por fiscais da Controladoria Geral da União (CGU), os policiais executaram mandados de busca e apreensão no prédio da Secretaria e também nas residências dos suspeitos.

As investigações chegaram até uma associação criminosa que se instalou na Prefeitura de Araripina. O grupo seria responsável por utilizar os recursos desviados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas com verbas oriundas do Ministério da Educação, segundo informou o NE10.

O nome da operação é uma alusão a um condomínio fechado, denominado Paraíso, que está sendo construindo na cidade por um dos investigados. As investigações começaram em 2013 e revelaram que há um “um acordo entre os licitantes para fraudar as licitações, uma vez que pela análise dos quadros societários das empresas licitantes e vencedoras, há empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos nos quadros societários. Igualmente, foi verificada a concessão de descontos padrões nas ofertas realizadas, típico de quem não está realmente disputando, brigando para vencer a licitação”.

Interrogatório

Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Araripina, Juazeiro do Norte (CE), Assaré (CE) e Jaicós (PI).  Ao todo, mais de duzentos policiais federais e fiscais da CGU participaram da operação. Os presos foram conduzidos para a delegacia de Polícia Federal em Salgueiro (PE), Sertão Central, a fim de serem interrogados em sede de inquérito policial.

Os presos serão indiciados de acordo com o seu grau de participação pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informática, falsidade ideológica, frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, peculato, prevaricação, sonegação de contribuição previdenciária, uso de documento falso e corrupção passiva, com penas que variam de um até 12 anos de reclusão caso sejam condenados.