A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (19) em conjunto com as polícias Civil, Militar e Força-Tarefa de Segurança Pública, a Operação ‘Veios’. O objetivo foi desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais que atuava principalmente na Região Metropolitana de Natal (RN). A operação visa a cumprir 13 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal e Parnamirim (RN), João Pessoa (PB) e Recife (PE).
Na capital pernambucana foi dado cumprimento a um mandado de busca e apreensão numa residência localizada no bairro de Água Fria. O alvo tem 25 anos, não estava em casa e é ligado ao sindicato do crime em Natal. Num dos quartos da residência foi encontrado um caderno com anotações de movimentação de venda de cocaína e do dinheiro proveniente do tráfico. O material apreendido será encaminhado para a Coordenação da Operação em Natal com o objetivo de subsidiar as investigações que estão em andamento.
Os presos nesta operação serão encaminhados para as sedes da PF no Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco e responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de integrar organização criminosa (artigo 2º da Lei nº 12.850/2013), tráfico de drogas (artigo 33 da Lei n.º 11.343/2006) e lavagem de dinheiro (artigo 1º da Lei n.º 9.613/1998), dentre outros em apuração.
O nome da operação é uma alusão à “Batalha de Veios”, na qual o Exército Romano realizou um cerco à cidade etrusca de Veios, com estratégias bem-sucedidas, que levaram Roma a vitória e conquista daquele território.
Investigação
Durante as investigações, foram identificadas as principais lideranças da facção criminosa que domina o tráfico de entorpecentes e de armas naquela localidade, valendo-se de pontos de armazenamento e comércio da substância ilícita, bem como a criação de uma rede estruturada de pessoas voltadas para a traficância. Assim, além dos chefes do grupo, serão responsabilizados, também, os fornecedores e distribuidores da droga. Nesse ponto, a cúpula da organização criminosa, instalada em João Pessoa, adquiriu, tanto naquele Estado, quanto no Rio Grande do Norte, diversos bens móveis e imóveis com os lucros obtidos através da atividade ilícita, os quais tiveram sua origem e propriedade ocultados e dissimulados.