Durante todo o dia de ontem (6) os petrolinenses ficaram privados do serviço de banda larga oferecido pela Oi/Telemar – o Velox. Quem precisou, por exemplo, pagar alguma conta online, porque já se depara com a ineficiência dos Correios há muito tempo, ficou no prejuízo.
Se foi algum tipo de manutenção no serviço, até dá para compreender. O que não justifica é essa operadora não dar nem satisfação aos seus clientes. Que, diga-se de passagem, pagam caro para ter algo que não lhes é à altura.
Mas em Juazeiro as dores de cabeça dos clientes da Vivo não são diferentes. Na última segunda-feira (5) o vereador Amilton Ferreira soltou o verbo contra a operadora, que está com seu escritório fechado há mais de 20 dias, para reforma, e o atendimento suspenso.
“É um absurdo. Estive no Procon para fazer uma reclamação sobre esta situação. São mais de 190 mil clientes que a operadora tem na região e não temos um escritório para nos atender. Se o cidadão desejar retirar sua fatura na loja terá que se dirigir a unidade na cidade vizinha”, desabafou. O vereador reforçou o descaso da operadora. “As faturas ainda chegam atrasadas”. Amilton solicitou dos demais colegas que compõem a Comissão de Proteção e Defesa do Consumidor da Casa para elaborar um documento em protesto contra a situação. Só vai no grito, mesmo.
A Oi não sabe o que é o princípio da continuidade do serviço público.
A Oi consegue a façanha de disponibilizar um sinal de celular péssimo em pleno centro de Petrolina. É preciso ligar várias vezes até se completar uma ligação e, quando se consegue, a ligação cai. Aí se quiser reclamar no PROCON é preciso ter uma paciência de monge budista, pois só são disponibilizadas algumas senhas. Se reclamar na ANATEL eles até te ouvem, mas você fica com a impressão de estar reclamando para a mãe de uma criança que vive aprontando, cujos pais só passam a mão na cabeça. Se entrar na justiça cobrando danos morais simplesmente por não ter um atendimento que preste, o juiz pode até condenar a empresa a pagar uma indenização, mas essa normalmente é irrisória para a empresa de telefonia, então vale a pena continuar prestando um serviço capenga mesmo. O juiz não consegue mensurar qual a importância, para um determinado consumidor, de um serviço de internet ou mesmo de um sinal de celular. Não sabe o quanto isso pode impactar em um negócio ou mesmo na vida do consumidor. Aí, costumam relativizar.