A autorização concedida ao prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, para uma viagem a Alemanha e Portugal, entre os dias 6 e 18 de fevereiro, foi o único ponto em comum entre governistas e oposicionistas na sessão extraordinária desta segunda-feira (8). O projeto de decreto legislativo foi aprovado pela unanimidade dos 22 vereadores. Mas nos dois projetos de lei, de autoria do Executivo, o que se viu foram as mesmas discussões travadas entre os representantes das duas bancadas até agora.
Num deles, o 034/17 – que cria o Programa Municipal de Infraestrutura Hídrica, Terraplenagem e Estradas de Acesso às Unidades Produtivas de Petrolina – as críticas da oposição foram acerca de uma espécie de pagamento cobrado pela administração pelo homem do campo pela mão-de-obra e combustível usado pelas máquinas da prefeitura em serviços no sequeiro.
Uma das integrantes da bancada, a vereadora Cristina Costa (PT) justificou que o maquinário pertencente a várias prefeituras, incluindo a de Petrolina, foi fruto de parceria com os Governos Lula e Dilma. Portanto, não era para os pequenos agricultores pagarem por nenhum serviço. Ela também alegou faltarem informações mais claras a respeito da participação de convênios com entidades no programa, que entrariam como parceiras.
O projeto foi aprovado em primeira votação por 14 votos contra cinco, e na segunda votação por 15 votos a cinco. Dois vereadores – Elismar Gonçalves (PMDB) e Ronaldo Silva (PSDB) – decidiram se abster.
Empréstimo
Também não faltou polêmica em relação ao projeto 035/17, que autoriza a administração a contrair um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para pavimentar várias ruas e localidades de Petrolina. A oposição novamente criticou a “falta de clareza” nas informações, a começar do montante referente à operação de crédito. Segundo Cristina, a proposta de empréstimo seria de até R$ 60 milhões, mas o projeto colocado em votação refere-se a esse valor exato que será utilizado pela administração.
O número total de ruas a serem pavimentadas também foi alvo de questionamentos. Integrantes do governo falaram em 150 vias, mas o próprio líder governista, Ruy Wanderley (PSC), informou que esse número será avaliado por Miguel Coelho. De qualquer forma, a matéria foi aprovada por 17 votos a favor, contra os cinco da oposição.
Quatro anos passando só o rodo,se fosse em outros tempos, tinha uns moralistas ai metendo a madeira,agora vota feito uma ovelhinha ou um cachorrinho na coleira pra não perder a ração do prato.