Em seu discurso durante a sessão plenária de ontem (26) na Casa Plínio Amorim, quando confirmou o rompimento político com o governo municipal, o vereador Ronaldo Silva (UB) não deixou de enaltecer sua família, a qual – segundo ele – sempre o apoia em momentos decisivos de sua vida. Ronaldo também fez questão, mais uma vez, de destacar o aliado histórico Guilherme Coelho (PSDB), pré-candidato a deputado federal. No final da sessão, ele chegou a posar para fotos com colegas da bancada de oposição, onde atuará no Legislativo Municipal a partir de agora.

Os comentários de bastidores passaram a ser como se dará o relacionamento político entre Ronaldo e o vereador Professor Gilmar Santos (PT). Ambos já protagonizaram duros embates quando Ronaldo era líder do Governo Miguel Coelho, mas já trocaram farpas também no âmbito nacional. Cada um defendendo seu lado político.

No entanto, há um detalhe que talvez muita gente não se lembre mais. O Professor Gilmar sempre se considerou uma “oposição independente dentro da oposição” na Casa Plínio Amorim. Ou seja: a chegada de Ronaldo, que se junta também aos ex-governistas Alex de Jesus (Republicanos) e Gaturiano Cigano, pouco ou nada mudará em relação a Gilmar. Até porque Ronaldo apoia a sua colega Maria Elena (MDB), aliada de primeira hora do grupo político de Miguel Coelho (UB), a qual tentará chegar à Alepe nas eleições deste ano, enquanto o próprio Gilmar também quer alcançar o mesmo objetivo de Elena.

A diferença é que a voz de oposição na Câmara, em certos momentos, ganhará mais força. O que não significa, necessariamente, que isso implique numa harmonia completa da bancada daqui para frente.