Após a denúncia trazida pelo vereador Ronaldo Silva (PSDB) à sessão plenária da Câmara de Petrolina na última terça-feira (14), acerca de um suposto calote da prefeitura em relação ao fornecimento de medicamentos, a bancada de oposição voltou a alertar sobre o problema. Quem trouxe o assunto, desta vez, foi Marquinhos do N4 (PSD).
O vereador chamou a atenção para o fato de que as contas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) podem ser travadas, caso o contrato não seja quitado num prazo de cinco dias – o que implicaria que esses medicamentos deixariam de ser entregues. “Se não for quitado, vai ser judicializado, e infelizmente quem vai sair perdendo são os petrolinenses”, desabafou.
Outra integrante da bancada oposicionista, Lucinha Mota (PSDB) disse que não queria acreditar que a inadimplência da gestão referente aos serviços e produtos da saúde seria para beneficiar empresas parceiras da prefeitura. Segundo ela, essa prática afastaria outras empresas de participar de licitações, por saberem que terão dificuldades em receber pelo seu serviço prestado.
Em resposta, o líder governista Diogo Hoffmann (UB) afirmou que vem mantendo contato com o secretário João Luís Barreto (Saúde) no sentido de que, se há problemas na pasta, é preciso solucioná-los. Mas sugeriu cautela à oposição. “Acho que a gente precisa ter muito cuidado quando a gente fala em indícios ou existência de crime ou de fatos nesse sentido. Se o vereador entende isso, ele tem de procurar a instância adequada e fazer uma denúncia. Porque se eu sei de uma coisa errada e não comunico às autoridades, eu estou prevaricando”, declarou.
A prefeitura, por intermédio da Secretaria de Educação, também vem dando calote/preterição nos professores do último processo seletivo, pois não foram convocados para substituir os professores cujos contratos prorrogados venceram e vencerão no mês de maio (mês em curso). Editais de convocação n° 034, 038 e 041. Com relação à Secretaria de Saúde, os vereadores, que recebem uma fortuna para o trabalho que realizam, tratem de fiscalizar, solicitar informações e documentos, instaurar CPI. Se o presidente da Câmara, que todo mundo sabe que é escudo protetor da gestão, mesmo que em detrimento do povo, se negar a cumprir com o seu dever, não dando seguimento aos pleitos de investigação dos fatos postos sobre a saúde, entrem na justiça, pois é direito líquido e certo de qualquer vereador ter condições de cumprir com o seu dever institucional, entre os quais fiscalizar, independentemente da vontade de presidente de Câmara.