O futuro político do País e do Estado só será definido em 3 de outubro de 2010, quando os brasileiros escolherem seus candidatos a presidente, senador, deputados federal e estadual e governador. Mas cientistas políticos conseguem antecipar algo que, até o momento, parece indiscutível: o pleito será muito difícil para as oposições.
As boas avaliações de governo e a popularidade nas alturas dão mais segurança à candidata do presidente Lula (PT), ministra Dilma Rousseff, e ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que tentará a reeleição.
Apesar de não figurar nas pesquisas como primeira colocada, Dilma tem o desempenho do “patrão” a seu favor. “Lula preencheu, nos últimos anos, todos os espaços vazios na pirâmide social. O colchão social que o presidente costurou é muito grande, então há uma certa satisfação com o governo. Tanto que ele tem 83% de aprovação. Nunca se viu um presidente com esse índice num final de governo”, salienta o jornalista, professor da USP e consultor político e de comunicação Gaudêncio Torquato.
Para o analista, Lula conseguirá transferir votos para sua candidata no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Mas essa transferência não será seguida por todo o seu eleitorado. “Lula é um ser carismático. A Dilma é uma técnica, até com certa arrogância, prepotência”, pondera Torquato.