Ainda vem repercutindo a fiscalização feita pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) quanto ao Programa Nacional de Imunização (PNI). No Sertão do Estado, pelo menos um município ficou a desejar em relação aos itens avaliados pela equipe do TCE-PE. Orocó, na região do São Francisco, ficou entre os 10 municípios com os piores resultados referentes ao nível de execução do programa de vacinas. Segundo o Tribunal, Orocó está em nível crítico. O Blog deixa o espaço reservado à prefeitura municipal sobre o assunto.
Durante 40 dias, as equipes de auditoria do Departamento de Economia e Saúde e de Controle Externo Regional do TCE visitaram 1.662 unidades básicas de saúde em todos os municípios, observando itens como equipamentos, estrutura física, armazenamento de vacinas, e profissionais envolvidos.
Em 47% dos municípios, os auditores constataram falta de vacinas como Pentavalente, Pneumocócica 10 valente, Poliomielite e Tríplice viral, em pelo menos uma unidade de saúde visitada. A deficiência na capacitação dos profissionais envolvidos foi observada em 68% das cidades. Em 32% delas não é feita vacinação em creches e escolas; e outras 16% não fazem campanha de conscientização vacinal.
Quanto à estrutura física, em 80% das unidades de saúde as salas não contam com itens obrigatórios como maca, bancada, termômetro para caixa térmica e pia de lavagem.
O diagnóstico apontou que em 74% das unidades vistoriadas, o armazenamento de vacinas é feito em geladeiras domésticas. Dos equipamentos de refrigeração, 62% não possuem manutenção periódica, e em 72% não há gerador para garantir a refrigeração em caso de queda de energia. Metade das salas examinadas não é supervisionada pela gestão de saúde dos municípios.
Petrolina
Dentro do levantamento feito pelo TCE-PE, Petrolina – maior cidade do Sertão – foi classificada como nível moderado no programa de vacinação.