O ano ainda nem chegou pela metade e a escalada da violência em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) já está quase batendo a marca dos cem homicídios. Na cidade pernambucana já chega a 48 o número de pessoas assassinadas; do outro lado da ponte, são 51.

No caso de Petrolina, o representante do 5°Batalhão de Polícia Militar (BPM) informou à Rádio Jornal nesta quarta-feira (18) que as estatísticas da violência aumentaram em Petrolina sobretudo por conta dos chamados ‘crimes de proximidade’ (envolvendo pessoas da mesma família ou amigos, por exemplo). Isso explica apenas uma parte desta triste realidade.

O fato é que o tão propalado Pacto Pela Vida, idealizado pelo ex-governador Eduardo Campos (em 2007), vem fazendo água na gestão do sucessor dele, Paulo Câmara.

Assaltos a ônibus em estradas do Sertão pernambucano estão virando novamente uma rotina incômoda. No perímetro urbano de Petrolina, as demandas por segurança pública talvez só fiquem atrás das reclamações por água nas torneiras e por uma saúde de melhor qualidade. O atual governador conseguiu evitar uma nova greve geral da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) prometendo melhorias salariais à categoria e concurso para contratar novos oficiais.

Enquanto isso, na cidade, os policiais do 5°BPM passam pelo constrangimento de ver a viatura em que trabalham ser empurrada por populares devido a problemas mecânicos por falta de manutenção. O fato, ocorrido no Perímetro Maria Tereza, foi registrado recentemente por este Blog. E o pior é que não é a primeira vez que isso acontece.

Tanto a tropa do 5°BPM quanto as equipes da Polícia Civil na cidade trabalham em meio a toda sorte de dificuldades. Isso sem falar nos reclames da população e de lideranças políticas da cidade, que cobram mais efetivo de policiais militares em Petrolina.

Se o Pacto Pela Vida ainda existe na maior cidade do Sertão, só existe no imaginário do governador. Os 48 homicídios registrados (por enquanto) falam por esse cenário. (foto/arquivo reprodução)