O Hospital Dom Malan (HDM)/Ismep, em Petrolina, começou hoje (2) a programação do ‘Outubro Rosa’, mês dedicado à prevenção do câncer de mama. A campanha tem como objetivo divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.
A primeira palestra realizada para os profissionais da unidade orientou o autoexame, importante para o diagnóstico precoce. “Nós vamos falar também sobre o que acontece depois do diagnóstico do câncer de mama e sobre os cuidados dos profissionais de saúde com as lesões cancerígenas das pacientes. Outra abordagem é sobre como orientar as pacientes quanto ao autoexame, por exemplo, de mulheres que não menstruam, quando fazer, como fazer”, destacou a coordenadora de enfermagem, Djenane Cristovam.
A professora e bióloga Tamires Gonçalves, de 33 anos, foi diagnosticada com câncer de mama aos 29. “O câncer veio em silêncio. O incômodo de dor veio na mama que o caroço não era maligno. Onde doía não tinha câncer. Onde não havia dor, ele estava lá. O tratamento foi dolorido, mas eu tive uma boa rede de apoio com amigos e familiares”, disse.
Na palestra para os profissionais do HDM/Ismep, Tamires ressaltou como paciente oncológica a experiência da relação com os profissionais de saúde. “Na primeira médica, não senti nenhum apoio. Parecia que tudo era ‘se tiver dinheiro, te livro da doença’. O segundo médico me tratou de forma mais humanizada e isso contou muito. Foi importante em tudo”, destacou.
Câncer de mama
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. No Brasil, a doença ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, em 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.