Para ter um tratamento adequado e manter as taxas de açúcar no limite ideal, diabéticos precisam de fitas que medem a glicemia. Porém, isso não tem sido possível para muitos pacientes de Petrolina que dependem da rede pública de saúde para ter acesso ao instrumento.
Quem reclama do problema é a comunitária Deisiane da Silva Sousa. Mãe de uma criança diabética, ela conta que deixou de fazer a monitoração da glicemia de sua filha porque as fitas glicosimétricas estão em falta na rede pública e ela não tem condições de comprar o instrumento, que custa em média R$ 200,00.
“Minha filha de apenas 11 anos tem diabetes tipo 1 e eu preciso fazer a monitoração, mas ultimamente deixei de fazer porque na rede pública sempre está em falta e eu não tenho condições de comprar. A gente já paga um plano de saúde sem poder, e ainda tem que comprar as fitas. Eu realmente não tenho condições”, diz.
Deisiane diz ainda que já procurou a Secretaria de Saúde de Petrolina por várias vezes, mas segundo ela, a resposta tem sido sempre a mesma: não há previsão para a chegada das fitas.
“Aí fica difícil, porque a gente não pode comprar e eles, que deveriam fornecer, não sabem nem quando vai chegar”, disse a mãe ao radialista Sérgio Lopes.
Ao Blog, a Secretaria de Saúde explicou que o fornecimento das fitas glicosimétricas é responsabilidade do Governo do Estado. O município seria responsável apenas pela distribuição de lancetas, agulhas e seringas aos diabéticos. A assessoria de comunicação da prefeitura também garantiu que o órgão municipal já está providenciando meios para restabelecer, o quanto antes, o fornecimento das fitas.