O governo Dilma conseguiu garantir ontem (4) uma redução média de apenas 16,7% nas contas de energia elétrica em 2013, abaixo dos 20,2% prometidos pela presidente em setembro, e pode desistir de cobrir a diferença da conta com recursos do Tesouro.
A estratégia do Palácio do Planalto, por enquanto, é culpar os governos tucanos de São Paulo, Minas e Paraná pelo fracasso no cumprimento da meta, atribuindo a eles a responsabilidade pela redução menor da tarifa.
Isso porque veio das companhias geradoras Cesp (SP), Cemig (MG) e Copel (PR) – todas controladas por seus respectivos Estados – a maior parte dos contratos não renovados ontem.
Segundo um assessor presidencial, os governos tucanos desses três estados vão ter de “assumir o preço político” por terem inviabilizado o corte total prometido.
Ele disse que ainda não há uma decisão final sobre o tema, mas que parte do governo defende deixar o corte em 16,7% para não jogar o custo extra sobre o Tesouro– que já vai bancar uma conta anual de pelo menos R$ 3,3 bilhões em renúncia fiscal.
A redução na conta se deve em grande parte à adesão das empresas do grupo Eletrobras, controlado pela União, apesar da oposição de muitos dos seus acionistas minoritários. A estatal responde por quase 67% da geração de energia.
Do lado tucano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a criticar o que classifica de “profunda intervenção do governo Dilma no setor elétrico” e disse que a responsabilidade dos governadores de seu partido é manter suas empresas vivas.
Recusa
O senador, que na segunda (3) foi lançado pela cúpula do seu partido à sucessão de Dilma, defendeu em discurso que “outros caminhos” sejam adotados para alcançar a redução prometida, como o fim do PIS/Cofins na conta de luz.
A recusa das três empresas de São Paulo, Minas e Paraná em aceitar a renovação das concessões de suas usinas fez com que, do lado das geradoras, o governo cumprisse apenas 60% da sua meta.
Já do lado das transmissoras, o governo conseguiu a adesão de todas as nove companhias que possuíam contratos com vencimento entre 2015 e 2017. (Fonte: Estadão)
Carlos,
É fundamental que seu Blog migre, mesmo que lentamente, para um viés opinativo: A matéria em tela, de um jornal conservador, oposição remanescente aos governos trabalhistas de Lula e Dilma, quer deixar transparecer que o Governo foi derrotado nesta proposta da redução das contas de energia. Ora bolas! Que derrota é esta que induz um redução de “apenas” 16,7% nas contas de energia da população brasileira. Não estamos falando de aumento, como nos malditos tempos demo-tucanos. Estamos falando de redução. As classes trabalhadoras serão beneficiadas duplamente: pela redução de suas contas e da redução nos custos de nossas industrias, que venderão mais, contratarão mas trabalhadores e o desenvolvimento continuará. É hora de afirmar que o “Estadão”, jornal conservador da conservadora São Paulo, não teve a coragem de afirmar que os governos tucanos, pensando eleitoralmente, resolveram dificultar uma redução das contas de energia da população brasileira. É bom que se diga, não dificultaram a redução das contas não só nos estados que governam (São Paulo, Minas Gerais e Paraná), mas de todos os brasileiros, os de Petrolina inclusive.
É bom frisar isto para demarcar diferenças entre o trabalhismo do PT e o neo-liberalismo demo-tucano.
Concordo 100%.