Para Antonio Coelho, Alepe acertou em não aprovar criação de Frente Parlamentar pelo Desarmamento

por Carlos Britto // 30 de abril de 2021 às 08:40

Foto: divulgação

O deputado estadual Antonio Coelho (DEM) avaliou como “acertada e coerente” a decisão final da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em não aprovar o requerimento nº 2840/2021, que propunha a criação de uma Frente Parlamentar pelo Desarmamento na Casa. Segundo o democrata, além de o momento ser inoportuno, a composição inicial da frente não contemplava a diversidade política da qual a Alepe é formada. O líder da oposição, inclusive, durante sua intervenção, encaminhou a votação da bancada pela não aprovação da matéria em apreciação no Plenário ontem (29).

Não houve o cuidado de garantir a representatividade de todos os parlamentares das diversas matizes políticas nesta frente parlamentar, ao contrário: só se assegurou espaço aos parlamentares da esquerda. Sem uma diversidade política não seria garantida a representatividade nem a pluralidade de opinião, desde aqueles colegas, por exemplo, que defendem o armamento mais abrangente àqueles que defendem apenas em algumas circunstâncias, como na questão da propriedade rural“, argumentou o líder oposicionista, assinalando que, da forma como foi proposta, a instalação da frente iria ferir o espírito colegiado do parlamento em vez de almejar se tornar um fórum de consenso. Ao fim da votação, o requerimento foi rejeitado, por não atingir o número de votos necessários à sua aprovação.

Outra preocupação apontada pelo democrata se referiu à questão regimental. Antonio Coelho questionou o fato de tal debate não ser realizado na recém-criada Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Alepe. “De que adianta a gente ter constituído a Comissão de Segurança Pública se logo em seguida propomos a frente parlamentar para debater uma coisa que, claramente, é de competência dessa comissão?”, indagou o deputado, que aproveitou para ressaltar o fato de o Senado Federal já possuir uma Frente para tratar do tema e para frisar que a competência de legislar sobre a matéria é da União, não de estados e municípios.

O democrata reforçou ainda a inconveniência do momento para apresentação dessa proposta à Casa, apontando o aumento de quase 9% no número de homicídios em 2020 quando comparado ao ano de 2019. De acordo com o líder da oposição, fica difícil falar em desarmamento no instante em que a população pernambucana se sente ainda mais insegura e está, justamente, questionando a capacidade do Estado de defender o seu direito à vida, à sua segurança e a da sua propriedade. “Direitos, esses, que são assegurados pela nossa Constituição, em seu artigo 5º. Portanto, também nos cabe aqui a posição de defesa do armamento no sentido de resguardar as liberdades individuais do brasileiro“, concluiu.

Para Antonio Coelho, Alepe acertou em não aprovar criação de Frente Parlamentar pelo Desarmamento

  1. Flavio disse:

    O Estado tem de garantir o desarmamento da bandidada, a esquerdalhada e seus correligionários pregam o desarmamento da população enquanto os bandidos circulam até de fuzis nas cidades brasileiras.

  2. JOSE PEDRO QUIRINO disse:

    Até parece que uma população armada é sinônimo de segurança. População armada é mais arma na mão do bandido e crimes passinonais. Só na cabeça de quem tem quem atire por si que pode defender armas.

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