Para maioria dos nordestinos, campanhas com fake news deveriam impugnar candidaturas

por Carlos Britto // 01 de agosto de 2024 às 19:00

Foto: Ilustrativa da internet

A poucos meses das eleições municipais, as fake news das campanhas são uma das maiores preocupações do eleitor no Nordeste. Segundo levantamento inédito do Observatório Febraban, 55% da população na região já recebeu fake news nas redes sociais e a grande maioria (91%) acha que o político que usa esse expediente deve ser punido.

A punição mais defendida por 52% das pessoas é a impugnação da candidatura. Outros 15% defendem multa em dinheiro, enquanto 14% acreditam que uma suspensão temporária da campanha eleitoral já seria suficiente. Outras punições lembradas foram a suspensão por completo da propaganda eleitoral (9%) e a repreensão pública (3%). Os mais exigentes, que disseram ser necessário aplicar todas essas punições, somaram 4%.

A maior parte da população (72%) afirma que vai ficar atenta ao recebimento de fake news durante a campanha das eleições municipais. Uma parte considerável (23%) disse já ter bloqueado alguém em grupos de aplicativo WhatsApp em função de fake news política. Entre esse grupo, 62% disseram acreditar que a situação vai se repetir na campanha deste ano.

O sentimento de já ter sido prejudicado por fake news política atinge 24% das pessoas. “As eleições municipais são as que têm maior preocupação do eleitor com sua realidade. Isso aumenta o entendimento de que é preciso ser muito responsável na escolha de representantes que irão executar as políticas e ações que afetam suas comunidades nos próximos anos. Fake news é algo que não combina com esse entendimento”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.

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