Uma parceria entre o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e instituições públicas de pesquisa oportunizou espaço de discussão e construção de intervenções de Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater) realizada junto às famílias camponesas no semiárido brasileiro. Trata-se da formação dos agentes de Ater, colaboradores do IRPAA, que começou no último dia 24 e terminou hoje (28). O curso foi ministrado pela Embrapa Semiárido e Univasf. A pesquisa científica e as metodologias participativas voltadas para a comunidade externa foram os temas das formações, numa perspectiva de compreender o que já foi pesquisado e o que de fato consegue ser apropriado pelas comunidades.
Esses processos formativos com profissionais que atuam diretamente com famílias camponesas com a Ater para a Convivência com o semiárido “é resultado do esforço coletivo de ações em conjunto com esta diversidade de instituições que atuam no Território”, explica Tiago Pereira Costa, coordenador Institucional do IRPAA. Ele informou que o Instituto – que ao longo dos seus 25 anos – vem realizando um trabalho técnico educativo que dialoga com os modos de vida das famílias de cada região.
Para o chefe-geral da Embrapa Semiárido, Pedro Gama, o diálogo com as organizações da sociedade civil vem sendo ampliado e valorizado, pois contribui na interação com a dinâmica social, além de entender e trazer para a instituição as principais demandas que está em curso pelos agricultores.
Formação
Os agentes de Ater tiveram acesso aos resultados de algumas pesquisas que dialogam com o trabalho do IRPAA. Num primeiro momento eles participaram do 1º Curso de Formação de Agentes de Ater para a Intervenção Sociotécnica Participativa Agroecológica ministrado pela Univasf, através do Núcleo de Pesquisa Sertão Agroecológico em parceria com o IRPAA e o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que aconteceu nos dias 24 e 25.
A turma é uma parte da equipe que desenvolve as ações de Ater nos dez municípios do Território Sertão do São Francisco, realizadas pelo IRPAA com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A formação continuada da equipe acontece a cada dois meses e é um espaço de discutir e avaliar, entre outras questões, as atividades técnicas-educativas realizadas junto às famílias atendidas pelo projeto de Ater. (fonte: IRPAA /foto:Lizânia Campos)