Em tempos de pandemia e flexibilização de direitos, acessar crédito rural pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ficou ainda mais difícil. Contudo, uma parceria entre o Sintraf Petrolina e a Caixa Econômica Federal deve desburocratizar o processo.
Uma maior celeridade dos bancos era uma carência antiga do sindicato, que viu as exigências contra seus representados se tornarem ainda mais restritivas nos dois últimos anos. Com a cooperação, a entidade agora é responsável por cadastrar todos os agricultores familiares (aptos ao Pronaf) e encaminhá-los à Caixa.
De acordo com Isália Damacena, presidente do Sintraf, atualmente a maioria dos campesinos esbarra em dificuldades ao buscar financiamento junto aos demais entes de fomento. “Eles estão extremamente burocráticos, então essa abertura da Caixa deve destravar o programa que ironicamente foi pensado para a nossa categoria”, avalia.
A ideia firmada com a gerente da agência Agro, Rosa Helena Couto de Oliveira, é que um técnico agrícola também seja disponibilizado pelo Sintraf para a elaboração das propostas apresentadas ao banco. “Esse técnico já trabalha com a gente, agora o nosso próximo passo é receber os agricultores e auxiliá-los na confecção das documentações e encaminhamentos necessários“, conclui Isália.
Pronaf
Visa à geração de renda e à melhoria do uso da mão de obra agrícola familiar por meio de financiamentos para custeio e investimentos na implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento e serviços na propriedade rural. Há pelo menos oito modalidades, destinando-se inclusive a jovens e mulheres.
Caixa Agro
É parte do plano de expansão denominado pelo banco como “Caixa Mais Presente”, que terá 268 unidades. A Agência Agro Vale do São Francisco funciona no bairro Jardim Amazonas, Zona Oeste de Petrolina, e é especializada em agronegócios voltados ao produtor rural. Instalada no mês passado, ela deve ampliar sua participação no agro, focando inicialmente no financiamento de projetos de irrigação, construção de silos e armazéns e aquisição de máquinas e equipamentos. As informações são da assessoria do Sintraf.