A Polícia Civil e o Conselho Tutelar de Paulo Afonso, no norte da Bahia, impediram que uma criança, nascida há duas semanas, fosse “vendida” para um casal que mora no Recife (PE). A delegada Lígia Nunes chegou aos supostos vendedores através de denúncia anônima, na última sexta-feira (14), mas o fato só foi divulgado amplamente ontem (15).
Foram presos Ilana Andreza Albuquerque da Silva – que é a mãe acusada de tentar comercializar seu bebê, Talita Pereira Cavalcanti -, a acusada de “comprá-lo” por R$ 1 mil (que não foi identificada), Rafael Vitor Salustiano e Carmem Lúcia Vitor Salustiano, que são acusados de falsos testemunhos.
A trama
Segundo apuração da delegada, Talita (a mulher que teria recebido R$ 1 mil e entregaria a criança ao casal) primeiro simulou o parto, e depois seguiu para registrar o “filho” no cartório. Com essas informações, a delegada se dirigiu ao cartório de Registro Civil, onde Talita se fez acompanhar de Rafael e Lúcia, os quais teriam confirmado o nascimento da criança na zona rural de Paulo Afonso. Com isso, segundo a delegada, pensaram em obter o Auxílio Natalidade do INSS.
“Talita confirmou que de fato simulou o parto, e que teria mandado o marido registrar o filho como seu“, descreve a delegada Lígia. Depois das prisões, a criança está sob a guarda do Conselho Tutelar. “Bem cuidada”, acrescenta a delegada.
A situação dos acusados vai ser decidida pela Justiça de Paulo Afonso. Eles foram encaminhados ao presídio local no dia de ontem. Em relação à identidade do casal que vinha buscar a criança, a delegada não adiantou os nomes, nem revelou outros detalhes. (fonte/foto: Paulo Afonso Agora)