A decisão do deputado e vice-presidente do PDT da Bahia, Roberto Carlos, e do vereador Dalmir Pedra, em reforçar o palanque do candidato a prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim (PCdoB), nas eleições deste ano, repercutiu como uma bomba. E ninguém na cidade ainda sabe se é de efeito retardado ou imediato.
Roberto era um crítico ácido do atual prefeito Isaac Carvalho (PCdoB), que está encerrando seu ciclo na prefeitura e apadrinhou politicamente Bomfim. Tanto que o deputado defendia, primeiro, o nome de Joseph – chegado inclusive a trazê-lo de volta para o PDT. Depois, acabou aceitando o desafio de se colocar na disputa pela prefeitura. Agora, virou ‘Isaaquista’.
O caso de Dalmir é ainda mais delicado. Ele chegou a ocupar a pasta de Saúde no governo comunista e esperava ser indicado por Isaac para sua sucessão. Magoado, rompeu com o prefeito, abraçou a oposição, mas agora está de volta ao grupo governista. Ele será o primeiro a sentir, perante o eleitorado juazeirense, qual o reflexo desse posicionamento fugaz, já que deve tentar a renovação do mandato à Câmara de Vereadores. Já Roberto tem a vantagem de aguardar os próximos dois anos. Mas se o enredo sair como o previsto, é provável que os dois acabem saindo no lucro. Quem viver, verá.