O resultado da votação do projeto de lei enviado pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), à Casa Plínio Amorim, o qual dispõe sobre as diretrizes que vão nortear a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício 2018 foi visto com naturalidade pelos integrantes da bancada de oposição. Primeiro, porque a Comissão de Finanças e Orçamento, ao respaldar seu parecer, derrubando quatro emendas modificativas – três do vereador Gilmar Santos e uma de sua colega Cristina Costa (ambos do PT) – deu uma mostra do que poderia acontecer na votação de hoje, o que de fato ocorreu: a matéria foi aprovada por 18 votos a favor e cinco contrários.

Depois, porque a bancada está focada em apresentar as emendas à LOA, que ainda será votada. “A gente vai discutir na consolidação da Lei Orçamentária Anual. Essa sim, a gente tem de buscar emendas que contemplem nossas bases, que contemplem o desejo daquelas pessoas que confiaram em nos trazer à Casa Plínio Amorim”, ponderou o vereador e líder da bancada, Paulo Valgueiro.

Segundo ele, da forma como a LOA está se desenhando contempla as emendas que serão apresentadas pela oposição. Valgueiro comentou também que o projeto aprovado hoje, que serve para ajudar na elaboração da LOA, em nada difere do que foi apresentado ao Legislativo pelo então prefeito Julio Lossio (PMDB), no ano passado.

Valgueiro disse que, justamente por esse motivo, não apresentou emenda. A única objeção que fez foi referente aos 40% de remanejamento concedido ao prefeito, sem que tenha de pedir autorização à Casa. “Já havia uma emenda da colega Cristina Costa, pedindo essa modificação. Então não havia porque eu apresentar a mesma emenda”, explicou.

Investimentos

Perguntado sobre os investimentos para a cultura, que estão sendo questionados por representantes do setor, da mesma forma como ocorreu no ano passado, Valgueiro – que de governo na gestão passada, agora lidera a oposição – declarou que é preciso “estar atento” às emendas que contemplem esse segmento. Mas dentro do debate da própria LOA, e não agora. “A gente tem de buscar apresentar essas emendas, buscando recursos para cultura e outras ações que a gente deseja que aconteçam, dentro da Lei Orçamentária Anual, no momento certo”, concluiu.