A mãe de Beatriz Angélica Mota, Lucinha Mota, vai chegar ao Recife (PE) nesta terça-feira (21), após uma longa jornada caminhando de Petrolina à capital, com notícias que dão esperança a ela, ao marido Sandro Romilton e aos familiares e amigos da menina – assassinada brutalmente aos 7 anos, em dezembro de 2015, no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina. Uma dessas informações é de que a Secretaria de Defesa Social (SDS) vai manter mobilizada a força-tarefa que investiga o assassinato de Beatriz, até que seja identificado o culpado.
O inquérito do caso, que tem até agora 24 volumes, 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no último dia 13 de dezembro.
A outra notícia ela já tinha tomado conhecimento durante a caminhada: a demissão do perito criminal Diego Henrique Leonel de Oliveira Costa. A Corregedoria Geral da SDS publicou, na edição de sábado (18) do Boletim Geral da SDS, a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar Especial (PADE) em desfavor de Costa. Instaurado em maio de 2020, o PADE finaliza com parecer pela sua exoneração. O servidor prestou consultoria de segurança, através de uma empresa da qual é sócio, ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, local onde Beatriz foi assassinada e, posteriormente, atuou na equipe de investigação.
O Inquérito Policial já havia sido enviado em 2019, ao MPPE, que requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao MPPE pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso. Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências.
Empresa americana
Sobre o pedido de acesso aos conteúdos da investigação por parte de uma empresa privada norte-americana, sem qualquer vínculo com o Governo dos EUA ou suas representações diplomáticas no Brasil, a SDS esclarece que esse tipo de cooperação não encontra respaldo na legislação brasileira. Com relação à requisição de federalização do caso, essa é uma iniciativa que deve partir do Ministério da Justiça.
“Por fim, cabe destacar ainda que a família da vítima já foi recebida pela Secretaria de Defesa Social e o comando da Polícia Civil por quatro vezes, e pelo governador Paulo Câmara em duas oportunidades. No último sábado, os pais de Beatriz foram informados que o pedido de audiência com o governador foi aceito e o encontro marcado para as 11h da terça-feira, 21 de dezembro. Tendo o governo ainda oferecido transporte para os familiares”, finalizou a SDS.
Não consigo entender por que esse crime ficou impuni porque tanto mistério porque tanto tempo sem resposta Quem estão protegendo cadê a justiça do nosso estado …..