Pernambuco está autorizado a vender laranjas, limões e tangerinas para todo o País e para o exterior. A liberação, para o Estado comercializar frutas cítricas, veio com o recebimento do título de área com praga ausente para o cancro cítrico, na segunda-feira (2). A venda estava suspensa desde março, deste ano.
A praga, que afeta todas as espécies e variedades de citro, passou a ser combatida com mais rigor pelo Ministério de Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa), no início deste ano. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, a expectativa é de aumento da produção, a partir do ano que vem.
Isso porque, com o status de área livre da doença, o Estado terá maior facilidade de acessar o mercado externo, tendo em vista que, o cancro cítrico é uma das principais barreiras fitossanitárias para as frutas cítricas brasileiras. Pernambuco ainda figura com baixa produção em comparação com outros estados produtores.
Dados do IBGE indicam que o Estado produziu 3.041 toneladas de laranja e 1.617 toneladas de limão, em 2015. A medida amplia possibilidades de produção na Zona da Mata e no Vale do São Francisco. “O título de área com praga ausente para o cancro cítrico é um grande avanço, que garante ao produtor, já estabelecido em Pernambuco, potencializar a produção, e ainda traz vantagens competitivas sobre os outros estados”, afirmou o presidente.
No cenário regional, os números apontam o Estado de Sergipe como o maior fornecedor do Nordeste, sendo responsável pela distribuição de quase 300 mil toneladas de laranjas pera, entre 2012 e 2016, seguido da Bahia. Já a nível nacional, São Paulo, Minas Gerais e Paraná são os maiores produtores e exportadores de citros do País. “3030, explica Guerra.
O assessor Técnico da Comissão Nacional de Fruticultura, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Eduardo Costa explica que, com título, Pernambuco tem a possibilidade de se tornar um dos principais fornecedores de laranjas e limões para o mercado interno, e se tornar um grande exportador de citros do País, atendendo mercados na União Europeia, que hoje, é o principal destino das frutas brasileiras, sendo responsável por aproximadamente 65% das exportações de frutas do Brasil. (Com informações da Faepe)