Depois do sucesso do seu personagem na novela ‘Fina Estampa’ a atriz Adriana Birolli retorna aos palcos e ilustra, em cena, as armadilhas que a mulher moderna cria para si mesma ao tentar fugir da solidão. Baseado na fusão de três contos da consagrada escritora e jornalista Dorothy Parker, a peça ‘Manual Prático da Mulher Desesperada’ narra de forma cômica o desespero de uma mulher solteira em uma noite de sábado.
A direção do espetáculo é de Ruiz Bellenda, que também é o responsável pela tradução e adaptação da montagem brasileira. A peça, que tem censura até 14 anos, será exibida neste sábado (23) e domingo (24) no Centro de Cultura João Gilberto. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e ainda podem ser adquiridos com antecedência no Salão do Adonilson e na Canard. O serviço de bilheteria também irá funcionar nos dois dias.
‘Manual Prático da Mulher Desesperada’ rendeu a Adriana Birolli o Troféu Gralha Azul de melhor atriz. O prêmio é concedido pelo Governo do Paraná, através do Centro Cultural Guairá.
Em ‘Manual’, a linguagem cênica escolhida pelo diretor foi a de ilustrar de forma contemporânea as desventuras amorosas da protagonista Alice, personagem de Adriana Birolli. O espetáculo conta também com a participação do ator Alex Barg, que vive os personagens Celinho e Everton.
As desventuras amorosas de Alice, personagem de Adriana, têm como testemunhas Celinho e Everton, interpretados pelo ator Alex Barg. No início do espetáculo, rituais de beleza femininos na tentativa de seduzir o sexo oposto são demonstrados. Máscara facial, depilação, cremes, prancha no cabelo e maquiagem são aplicados em cena: “Me considero vaidosa na medida, não sou uma pessoa louca pela aparência. Toda mulher tem um ritual de beleza básico. Não durmo de maquiagem e gosto de cuidar da pele e do cabelo”, conta a atriz.
Nóia balzaquiana
Alice é bem sucedida na profissão, já tem seu próprio carro e apartamento, mas sente falta um homem para chamar de seu. Adriana diz que não existe mulher que não se identifique com as situações vividas pela personagem, que está o tempo todo atrás do amor verdadeiro. Todas já passaram pela angustiante espera pela ligação no dia seguinte e pela dúvida se deve ou não tomar a iniciativa de ligar para o pretendente.
“A mulher tem um relógio biológico e aos 30 começa a bater um desespero. Só de pensar que ela precisa arrumar um namorado, consolidar a relação, casar e depois ter filho, fica ansiosa. Nessa fase, qualquer promessa vira uma jura de amor, elas acabam se iludindo”, opina a atriz, que confessa não ser atirada na hora da conquista. As informações são da assessoria.