O padre José Vergílio, que dirige a rádio Katolica no Suriname, afirmou que pelo menos sete pessoas morreram na região da cidade de Albina, onde ocorreu um ataque contra brasileiros na véspera do Natal. O religioso disse ter ajudado a atender 91 brasileiros e 30 chineses feridos.
Dados da Embaixada brasileira e do governo do Suriname contabilizavam até esta noite 14 feridos. Oficialmente, não há registro de brasileiros mortos. O tumulto teria sido motivado pela morte de um surinamês esfaqueado por um suspeito brasileiro. A cidade de Albina, a 130 km da capital, é o principal ponto de fronteira com a Guiana Francesa e atrai grande quantidade de garimpeiros brasileiros.
Vergílio disse que esteve no local do confronto o dia inteiro e que todo o bairro foi destruído. Segundo ele, os agressores eram cerca de 1 mil, munidos de paus e facões.
Entre os mortos, de acordo com o padre, está a brasileira grávida que teve o bebê “arrancado” a golpes de facão.
A agência de notícias AP informou que 20 mulheres foram estupradas durante o tumulto. Vários locais foram depredados e incendiados.
O Ministério das Relações Exteriores informou que enviará um avião com ajuda aos brasileiros prejudicados nos ataques. O Itamaraty aguarda informações sobre as necessidades dos brasileiros para enviar a aeronave “o quanto antes”.