Os pequenos produtores do Projeto Pontal Sequeiro, zona rural de Petrolina, não escondem a preocupação com a real possibilidade de ficarem sem assistência técnica. Oferecido pela 3ª Superintendência Regional (SR) da Codevasf, o serviço tem cinco anos, mas está paralisado no projeto porque a empresa que prestava assistência técnica suspendeu as atividades por falta de pagamento aos funcionários.

Por conta disso, produtores das comunidades de Vila Beijú, Uruás, Bom Jardim, Icozeiro, Cacimba Velha, Jatobá, Lagoa dos Cavalos e Lajedo estão no prejuízo. Procurado pelos agricultores, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) mobilizou-se juntamente com o Comitê Consultivo das associações do Pontal e a Cooperativa de Desenvolvimento Agropecuário e Extrativista do Pontal (Coopontal) – que compreendem essas comunidades.

Segundo a assessoria do STR Petrolina, mais de 300 famílias rurais vivem da produção do umbu e da comercialização de caprinos. Os técnicos acompanham a produção de cada família, oferecem capacitações e treinamentos e ajudam a organizar a produção até chegar ao mercado. Mas todo esse trabalho parece estar com os dias contados.

“O governo implantou o Pontal sequeiro há 16 anos na região, e agora ele quer paralisar o Pontal. Hoje a família que vendia sua mão-de-obra vive independente produzindo queijo, criando caprinos melhorados, leite de cabra e muitas outras produções através das orientações da assistência técnica. E com a suspensão o governo paralisa o projeto. Nós não vamos aceitar que o governo retalie a nossa agricultura familiar“, alertou o presidente do STR, Francisco Pascoal ‘Chicou’.

Solicitação

O sindicato fará uma solicitação para que, no dia 6 de maio, haja uma reunião com o superintendente da 3ª SR, João Bosco Alencar, para que receba os produtores e dê explicações quanto à suspensão dos trabalhos da assistência técnica e o que será feito para que os produtores não saiam prejudicados. (foto: Ascom STR/divulgação)