Um pernambucano foi preso na Flórida, Estados Unidos, por suspeita de realizar procedimentos cirúrgicos sem a licença necessária. Adley da Silva, de 51 anos, assistente médico e proprietário do Cosmetica Plastic Surgery and Anti-Aging, é acusado de executar cirurgias plásticas, como lipoaspiração e implante de silicone, sem a devida autorização.
Segundo o Departamento de Polícia de Port St. Lucie, Adley oferecia procedimentos como o “levantamento de bumbum brasileiro” sem possuir a licença para atuar como cirurgião. “Eles estavam fazendo procedimentos de lipoaspiração, aplicando injeções de gordura. Estavam fazendo ‘levantamento de bunda brasileiro’, aumentos nos seios. Então, você pode imaginar as áreas do corpo que acabaram infeccionadas”, afirmou o chefe da polícia local, Leo Niemczyk, ao canal CBS.
As investigações começaram em maio de 2022, após denúncias de pacientes que sofreram complicações e infecções devido às cirurgias malsucedidas. Até agora, quatro pacientes foram identificados nessas condições. “Temos uma vítima com uma quantidade significativa de pele faltando em seu abdômen. Não há outra maneira de descrever isso, mas como resultado ocorreram infecções graves e malfeitas”, disse Niemczyk. Além de Adley, outras três pessoas foram presas no dia 14 de junho, incluindo sua esposa, Kiomy Quintana, de 41 anos, que aplicava botox e ajudava a tratar cirurgias malsucedidas sem licença médica. Também foram presos a cirurgiã Diane Millan, de 52 anos, e o anestesista Fermal Simpson, de 74 – ambos envolvidos nas cirurgias malsucedidas.
Adley da Silva foi acusado de extorsão, esquema de fraude, lesão corporal grave e prática de medicina sem licença. Ele pagou fiança e foi liberado. Em seu perfil no Linkedin, Adley afirma ter graduação em Finanças e Marketing Internacionais pela Universidade de Miami e mestrado em Ciência Médica pela Nova Southeastern University, na Flórida. A defesa de Adley, em nota enviada à CBS, negou que ele tenha atuado sem supervisão de um cirurgião plástico e afirmou que ele tem o treinamento necessário para realizar os procedimentos. “Adley nunca se passou por médico e nunca instruiu ou permitiu que sua equipe se referisse a ele como médico. Pelo contrário, Adley sempre deixa claro que é médico assistente”, diz a nota. (Fonte: Folha PE)