Carlos Eduardo, um pernambucano natural da comunidade do Coque, no Recife, morreu carbonizado na última segunda-feira (16) enquanto tentava salvar máquinas de uma empresa de exploração florestal em Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro, Portugal. O jovem, que havia imigrado para o país europeu em 2018 em busca de uma vida melhor, foi um dos sete mortos dos incêndios que têm devastado o norte do país.

Segundo informações da imprensa portuguesa, Carlos Eduardo, também conhecido como “Chantilly Papai” nas redes sociais, estava com outros funcionários da empresa na tentativa de resgatar equipamentos em uma área tomada pelo fogo, que rapidamente se alastrou. O incêndio, que começou na última sexta-feira (13), já devastou grandes áreas do território e mobilizou mais de 3.900 bombeiros e mil veículos para o combate às chamas. Aveiro é uma das regiões mais afetadas, com uma situação “fora de controle”, segundo os bombeiros.

Carlos Eduardo, caçula de 16 irmãos, vivia em Portugal com outros brasileiros e tinha uma filha pequena. A família, que foi informada pela polícia sobre a tragédia, está em contato com o consulado brasileiro, que oferece suporte jurídico e psicológico.

Os incêndios florestais em Portugal têm sido um grande desafio, destruindo quase 20 mil hectares de vegetação. O país, que já pediu ajuda à União Europeia, continua em alerta máximo, com mais de 40 focos de incêndio ainda ativos. (Fonte: Folha/PE)