Pernambuco é o estado que lidera o ranking de volume de operações da linha de crédito emergencial no Nordeste. A informação foi divulgada pelo gerente do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), José Plácido, durante a 13ª Reunião Ordinária do Comitê Integrado de Convivência com o Semiárido, coordenada pelo secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, na segunda-feira (13).

Segundo Plácido, são 11.687 produtores beneficiados com R$ 108,7 milhões, quase 24% da totalidade. As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do estado.

“Isso representa que mais de 55 mil produtores vítimas da pior estiagem dos últimos 40 anos foram beneficiados por meio da linha de crédito emergencial”, destacou Ranilson Ramos. Na posição, atualizada até segunda-feira, foram contratados R$ 456,7 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para empreendimentos localizados em municípios em situação de emergência ou calamidade pública reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.

A agência de Petrolina teve destaque, com a contratação de quase R$ 21 milhões para sete municípios do sertão: Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Ouricuri, Santa Filomena, Santa Maria da Boa Vista, além do próprio município e de Juazeiro, na Bahia. Esse resultado foi superior à contratação total de Estados como Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e Espírito Santo. “Além disso, estamos renegociando operações com produtores rurais de qualquer porte, o que possibilitará acesso ao novo crédito de estiagem”, destacou a gerente de negócios da Superintendência de Pernambuco, Renata Moura. Segundo ela, já foram renegociadas 15.268 operações apenas no estado, no valor de R$ 55,4 milhões.

Pacote

As iniciativas fazem parte de um pacote de medidas do governo federal que visa a reduzir os impactos da estiagem, reforçando a rede de proteção social no semiárido. O total de investimentos do Governo Federal em ações emergenciais é de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1 bilhão disponibilizado para o Banco do Nordeste. As operações podem variar de R$ 2,5 mil a R$ 100 mil, com juros de 1% ao ano para os agricultores familiares, e bônus 40% sobre a parcela paga em dia, e de 3,5% ao ano para os demais produtores e para a área urbana, sem bônus.