Os investimentos que estão chegando ao Complexo Portuário e Industrial de Suape têm sido apontados como a grande oportunidade para o Estado experimentar um salto econômico inédito. Para se ter uma ideia, apenas com os projetos de Suape – a exemplo da refinaria, estaleiro e pólo de poliéster -, a previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco mais que duplique em pouco mais de uma década, passando de R$ 63 bilhões em 2007 para R$ 147 bilhões em 2020.
Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e por especialistas da Universidade de Ferrara, da Itália – e que será entregue hoje (22) ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos -, alerta porém que sem planejamento essa expansão acelerada de Suape pode trazer problemas para o desenvolvimento urbano, ambiental e social do território. O relatório aponta ações que podem ser realizadas para que a região alcance o tão almejado crescimento sustentável.
Dentre as propostas apresentadas estão a necessidade de envolver a sociedade civil no processo, formando e capacitando trabalhadores, estimulando o associativismo e a educação ambiental, além de metas como a modernização administrativa das prefeituras e a articulação das cadeias produtivas locais. Entre os perigos gerados por um crescimento desordenado estão, por exemplo, a baixa qualidade de vida com a oferta precária de transportes, moradia e lazer.
Outra ação sugerida é o favorecimento ao surgimento e consolidação de empresas que invistam em atividades ecossustentáveis (como reciclagem e geração de energia limpa), por meio de incentivos fiscais.
