Um estudante de Juazeiro desenvolveu uma pesquisa que mostra a eficácia de produtos naturais no controle de uma das principais pragas que atacam o cultivo da cebola, o inseto Thrips tabaci. O estudo foi realizado pelo estudante Márcio Ribeiro durante seu mestrado em Agronomia com ênfase em Horticultura Irrigada, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
O Thrips tabaci, conhecido popularmente como ‘piolho’, é uma grande preocupação para quem planta cebola, pois essa praga agrícola reduz a qualidade da hortaliça e a produção de sua safra. Para realizar o controle do inseto, o experimento substituiu agrotóxicos por óleos retirados de plantas e outros produtos orgânicos.
O estudo prático aconteceu no período de 15 de abril a 29 de agosto de 2014, no Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (Caerdes) do DTCS. “Este é o primeiro trabalho focado, exclusivamente, na avaliação de produtos naturais para o controle de uma determinada praga de uma cultura extremamente importante para o Vale do São Francisco”, afirma o diretor do Centro, professor Jairton Fraga Araújo.
A pesquisa
No experimento, o solo foi preparado sem a utilização de grades e arado, e a adubação da planta realizada com esterco de aves, pó de rocha, cinzas vegetais, entre outros. Após essa etapa o mestrando Márcio Ribeiro preparou os canteiros da cebola e, a partir do aparecimento do Thrips tabaci,utilizou em cada tratamento com a hortaliça os inseticidas naturais: Citrolin, encontrado na casca de frutas cítricas; Óleo de algodão; Óleo de neem; Rotenat, produto extraído de raízes de plantas; Piroalho, composto feito à base de alho; e Sulfocal, fertilizante feito à base de minerais.
“Fizemos o estudo em como controlar o Thrips tabaci de forma que não fosse prejudicial ao homem, que não se utilizasse os agroquímicos e produtos que agredissem o meio ambiente”, explica Márcio Ribeiro.
O resultado da pesquisa mostrou que houve a diminuição do inseto Thrips Tabaci em 53,73% com a utilização do Sulfocal e em 47,73% com o Óleo de neem. “Nós percebemos que, de acordo com as nossas características de manejo da cultura, o Sulfocal, mesmo sendo o produto mais barato, diminuiu consideravelmente o Thrips tabaci na cebola”, afirma Márcio.
De acordo com o professor de Entomologia da Uneb e orientador da pesquisa, José Osmã Teles Moreira, o experimento teve resultados importantes. “O trabalho de Márcio serviu para demonstrar que as técnicas de agricultura orgânica para o controle dessa praga são viáveis e nós buscamos alternativas tanto do ponto de vista ecológico, quanto do econômico”, ressalta. (foto/divulgação)
Um bom resultado a nível de material utilizado e em experimento acadêmico, acredito que em nível de alta produção, o resultado não acompanhe fielmente o resultado do ensaio.
Eu quero saber quando a cultura ja ta plantada e não teve nenhum desses manejos o que fazer ou não tem jeito?