Em nova audiência realizada na última quinta-feira (27/02) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e mediada pelo ministro Ives Gandra, representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindiquímica-PR receberam da Petrobrás novas propostas para os 1.000 trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), cujas demissões estão suspensas até 6 de março, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região.
A empresa não aceitou realocar os petroleiros em outras unidades do Sistema Petrobrás, como proposto pela FUP e pelo Sindiquímica-PR, mas ampliou as vantagens rescisórias a serem dadas aos trabalhadores. Por isso, a partir desta segunda-feira (2), a FUP e os sindicatos afiliados vão se reunir para decidir se aceitam ou não as propostas feitas pela diretoria da Petrobrás.
A audiência da última quinta também definiu que os petroleiros e a diretoria da empresa deverão se reunir para tentar um acordo em 30 dias, no máximo, sobre outras reivindicações da categoria, como os interstícios (intervalos entre jornadas) e a localização dos relógios de ponto nas unidades da companhia para passagem de serviço em troca de turno. O acordo ou as bases para conciliação deverão ser levadas ao ministro Ives Gandra, em nova reunião de mediação.
“A mobilização da categoria precisa continuar, porque continuamos negociando as propostas. Somente assim vamos conseguir manter os direitos garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) fechado em novembro do ano passado com mediação do próprio TST”, frisou Deyvid Bacelar, diretor da FUP, ressaltando ainda que a greve da categoria, iniciada em 1º de fevereiro, não foi encerrada, mas sim está suspensa, enquanto as rodadas de negociação permanecem.