Petrolina deve ganhar delegacia de combate à corrupção ainda este ano

por Carlos Britto // 01 de outubro de 2019 às 06:20

Foto: Reprodução

Petrolina deve ganhar, até o final deste ano, uma delegacia de combate à corrupção, vinculada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), cobrindo todo o Sertão pernambucano. Esta semana, a Assembleia Legislativa (Alepe) deverá votar projeto de lei do Poder Executivo Estadual que cria duas novas unidades da especializada, sendo a outra em Caruaru, cobrindo o Agreste. O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua, acompanhado do chefe da Polícia Civil, delegado Joselito Kehrle, apresentou o projeto aos deputados estaduais na segunda-feira (30/09).

Na prática, segundo o governo do estado, a 3ª e a 4ª DECCOR vão levar aos municípios do Agreste e do Sertão ações estratégicas e operações da Polícia Civil de Pernambuco que visam a prevenir e reprimir a corrupção, o desvio de recursos públicos e outros crimes correlatos. “Pernambuco terá, com essas novas estruturas, investigações especializadas e combate aos crimes de colarinho branco em todo o seu território. Além de reprimir as ações, identificar prejuízos, recuperar ativos e desbaratar quadrilhas que se infiltram na administração pública para obter vantagens ou enriquecer de forma ilícita. Afinal, policiais compromissados e capacitados, com suporte de núcleos de inteligência, apoio do laboratório de lavagem de dinheiro e integrados a outros órgãos de fiscalização estarão mais perto e vigilantes”, diz o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

Mesmo antes da implantação das delegacias do Interior, o DRACCO já vem desarticulando quadrilhas que atuam fora da Região Metropolitana do Recife (RMR). Uma das operações mais recentes cumpriu cinco mandados de prisão em Ibimirim, Sertão do Moxotó. A Operação ‘Centenário’ prendeu suspeitos de integrarem organizações criminosas com foco de atuação nos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no município.

Balanço

Para o Governo de Pernambuco, o DRACCO – implantado em dezembro de 2018 – já se consolida como uma referência estadual e até mesmo nacional no combate às quadrilhas que se infiltram na administração pública, lesam o erário e usurpam os direitos do cidadão.

Em nove meses de atuação, o balanço do DRACCO contabiliza mais 300 prisões, identificação do montante de R$ 375 milhões em prejuízo para os cofres públicos, recuperação de R$ 50 milhões em ativos e 20 operações deflagradas, algumas dessas de grande repercussão. “Antes do DRACCO, a média era de duas operações contra a corrupção por ano e elas estavam concentradas na Capital e RMR”, contextualiza a diretora do DRACCO, delegada Sylvana Lellis.

Destaque

Desde sua fundação, o DRACCO desencadeou operações que foram destaque não apenas em Pernambuco, mas que ficaram conhecidas em todo o País. Entre os destaques, estão as Operações ‘Mar Aberto’ e ‘Harpalo’, que desvendaram esquemas de sonegação de impostos e de desvio de verba pública, respectivamente. Na Mar Aberto, o DRACCO cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para investigar crimes de fraude em licitação, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Camaragibe, na RMR. Já na Mar Aberto, a Polícia Civil prendeu empresários de Pernambuco por crime tributário e lavagem de dinheiro, acusados de sonegar R$ 65 milhões em impostos.

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