Petrolina registra dois casos de microcefalia em apenas um mês e secretaria de saúde alerta para cuidados

por Carlos Britto // 13 de novembro de 2015 às 12:32

fotoO aumento no número de casos de microcefalia em bebês nascidos em Pernambuco é um assunto que tem preocupado muitas mulheres. E com razão. Até o momento foram identificados 141 casos da doença no Estado. Por conta disso, o Ministério da Saúde declarou ontem (12) estado de emergência sanitária nacional. O número é 15 vezes superior à média registrada entre 2010 e 2014, de 9 casos por ano.

Em Petrolina, dois casos já foram confirmados em apenas um mês. De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Petrolina, Eduarda Vidal,  ainda não se pode afirmar se o aumento tem como causa algum vírus transmitido por vetores, mas é preciso que todas as pessoas mantenham os mesmos cuidados que devem ser tomados em relação ao Aedes aegypti que é o mosquito transmissor da dengue.

Na verdade tivemos dois casos registrados, só agora neste mês de outubro. O que pedimos é que as pessoas tenham os mesmos cuidados que devem ter com relação à dengue. Infelizmente as pessoas ainda banalizam a dengue, mas diante deste aumento de casos em Pernambuco todo cuidado deve ser tomado porque ainda não sabemos qual a real causa da microcefalia. É uma doença que vem causando muita preocupação porque tem causas ainda desconhecidas. Ela pode ser identificada ainda durante a gravidez e esta mãe terá cuidados especiais na gestação ”, explicou.

Gravidez adiada

O conselho dos profissionais de saúde é que as mulheres que planejam um filho adiem os planos de gravidez até que haja maior clareza sobre as causas do aumento de casos de bebês com microcefalia.

O Ministério da Saúde tem recomendado que as mulheres que estão planeando a gravidez adiem este desejo, e nós seguimos a mesma recomendação até que se tenha uma investigação completa sobre qual a real causa do aumento destes casos”, aconselhou a profissional.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a anomalia congênita pode ser efeito de uma série de fatores como o uso de remédios pela gestante, agentes biológicos infecciosos, como bactérias e vírus. Mas, a principal suspeita está relacionada ao surto de zika vírus que aconteceu este ano no Nordeste.

Ainda de acordo com Eduarda, a Secretaria de Saúde de Petrolina tem feito monitoramento dos casos na cidade através dos relatórios emitidos pelos hospitais onde nascem as crianças. A coordenadora lembra que quem tiver alguma dúvida sobre o assunto pode entrar em contato com a equipe de saúde através do número (87) 3866-8559.

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