Petrolina troca rede para melhorar o abastecimento

por Carlos Britto // 28 de março de 2009 às 18:24

Compesa deu início à substituição de 72 quilômetros de tubulações na área central da cidade, no Sertão. Trabalhos vão durar nove meses e, por isso, população terá que enfrentar ruas interditadas

Durante os próximos nove meses, a população de Petrolina, no Sertão, vai ter que conviver com vias públicas quebradas e interditadas. Para melhorar o abastecimento no município, a Companhia de Saneamento de Pernambuco (Compesa) está trocando toda a tubulação central da cidade, o que corresponde a uma rede de 72 quilômetros. De acordo com a companhia, com a implantação da nova tubulação, o racionamento, sobretudo, em bairros periféricos, será coisa do passado.

O governador Eduardo Campos (PSB), em recente visita ao município, instituiu dezembro como prazo limite para o fim da falta de água. “Já demos passos como a dessalinização e agora é a hora de resolver a ponta do sistema. Estamos fazendo de tudo para que o transtorno para a população seja o menor possível”, afirmou.
Para viabilizar as obras, estão sendo direcionados recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de R$ 10 milhões.

Todos os antigos canos de amianto serão substituídos por PVC. A vida útil desse novo material é de até 50 anos e deve comportar a demanda de água exigida pela cidade. “É uma tubulação de grande diâmetro. Elaboramos um plano de ação que contempla o menor constrangimento possível ao cidadão”, declara o gerente da unidade de negócios da Compesa em Petrolina, Itamar Fernandes.

As obras já estão em andamento em trechos como a Avenida Tancredo Neves, nas proximidades da Codevasf, no Centro, e nas imediações do bairro Quati, Zona Oeste. A empresa contratada para a execução dos serviços, quando finalizar a obra, vai repor toda a pavimentação que está sendo danificada para a implantação dos canos.

“Na planilha de execução de serviço da empresa, consta à recomposição do piso. Petrolina tem um grande número de estradas pavimentadas e calçadas, não foi possível fazer o traçado da rede sem ser em vias assim”, explica Fernandes.

O engenheiro afirma que foi preciso trocar grande parte da rede por causa dos constantes problemas registrados na cidade. “Nossa produção é suficiente, mas sofremos com desabastecimento por causa de estouramentos. A cada interrupção do fornecimento, a população fica prejudicada. Sem dúvida, a troca dessa tubulação será de grande valia para todos, ressalta.
Atualmente, a cidade é dividida em dois setores. Por isso, quando há algum problema, todos são afetados. Com a implantação da nova rede de tubulação, Petrolina passa a ter 25 setores. Assim, em caso de vazamentos em um deles o município não será prejudicado por inteiro, como ocorre hoje em dia”, explica.

Para a população de Petrolina, as obras são importantes, mesmo provocando transtornos. A administradora Cláudia dos Santos, moradora do Centro, reconhece o problema, mas acredita que o objetivo justifica as dificuldades. “Sei o que é falta de água e a população de Petrolina não merece passar por isso.” O autônomo José Cleber Silva, morador do bairro João de Deus, Zona Oeste, espera o fim dos trabalhos. “Se for mesmo como eles estão dizendo, fico satisfeito.”

Roseane Albuquerque para o JC

Petrolina troca rede para melhorar o abastecimento

  1. Opara disse:

    Resolveu o problema da dessalinização… deixa vir a próxima cheia… É um absurdo que Petrolina, às margens do rio São Francisco tenha falta de água… e pior a maior taxa de água do Nordeste. Será que vale a pena fazer parte do Estado de Pernambuco. Até o Ceará que vive reclamando por água tem uma taxa de água menor do que a nossa.

  2. Pedra Linda disse:

    Se não faz reclama, se faz reclama também, assim não dá Opara. Espere, pelo menos, a obra ser concluída e depois bote a boca no trambone.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários

  1. Como teria votos se o próprio Guilherme tem pouca representatividade. No mais, o vereador é de pouco trato. Ignorante na…