Plano de contingência para recuperação de reservatórios chega ao fim

por Carlos Britto // 02 de maio de 2022 às 20:15

Foto: WhatsApp/Blog do Carlos Britto

Produzido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e iniciado em 1º de dezembro de 2021, o Plano de Contingência para a Recuperação de Reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou ao fim de sua vigência no último sábado (30/04), com os reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA), Itumbiara (GO/MG), Furnas (MG) e Marechal Mascarenhas de Moraes (MG) superando o patamar de 70% de seu volume útil. Os reservatórios dessas hidrelétricas contribuem para a produção de energia do Sistema Interligado Nacional nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.

Somente nas bacias dos rios Tocantins e São Francisco foram observadas afluências acima da média. Na bacia do São Francisco, as medidas adotadas e as afluências possibilitaram que o maior reservatório do Nordeste, Sobradinho, atingisse sua capacidade máxima, chegando a 99,85% de seu volume útil em 30 de abril último. Nas demais bacias foram observadas afluências próximas às médias, o que demonstra a importância das medidas implementadas no Plano de Contingência para recuperação dos armazenamentos.

O Plano de Contingência foi elaborado com base em estudos e simulações realizados pela ANA, considerando a possibilidade da repetição de anos desfavoráveis em termos de chuvas no contexto da crise hidroenergética de 2021. Também foram consideradas as discussões com partes interessadas no tema, promovidas pela Agência, assim como as normas e restrições existentes quanto aos usos da água e aspectos ambientais.

Foram definidas as vazões máximas que poderiam ser liberadas durante o período úmido pelos reservatórios de Serra da Mesa, Três Marias, Sobradinho, Emborcação, Itumbiara, Furnas, Marechal Mascarenhas de Moraes, Jupiá e Porto Primavera. Esses reservatórios foram escolhidos por sua posição de cabeceira nas bacias, por estarem com baixos volumes armazenados no fim do ano passado, por sua importância para a segurança hídrica das bacias contempladas ou pela existência de conflitos com outros usos da água diferentes da geração hidrelétrica.

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