Polarização: PT e PL lideram pré-candidaturas de parlamentares a prefeituras

por Carlos Britto // 04 de janeiro de 2024 às 16:33

Foto: Roque de Sá/Agência Senado – Ilustrativa – Arquivo Blog

Impulsionados pela popularidade do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Partido dos Trabalhadores e o Partido Liberal têm o maior número de deputados federais que se colocaram como pré-candidatos às eleições municipais de 2024.

A relação dos nomes de cada legenda ainda deverá passar por alterações, uma vez que nem todos potenciais candidatos se colocaram na disputa nem ocorreram todas as conferências partidárias. Além disso, algumas pré-candidaturas não deverão ser levadas adiante em meio às negociações e alianças que poderão ser firmadas regionalmente.

Segundo levantamento da reportagem feito a partir de informação dos próprios partidos, 48 dos 513 deputados foram listados como pré-candidatos. Um senador, Eduardo Girão (Novo-CE), também pretende participar das eleições.

Além de terem Lula e Bolsonaro como referências, PL e PT têm as duas maiores bancadas da Câmara – são 95 e 68 deputados, respectivamente. Do total de deputados pré-candidatos, 36 são de siglas que integram a base do presidente Lula, sendo que 2 deles atuam como vice-líderes do governo na Câmara: Alencar Santana (PT-SP), que deve disputar o comando de Guarulhos (SP), e Rogério Correia (PT-MG), que mira a Prefeitura de Belo Horizonte.

O PT deverá contar com 10 deputados nas corridas municipais, enquanto o PL terá 9 parlamentares. Eles são seguidos por PSD (5 deputados), União Brasil (5), PDT (3), MDB (3), PSB (3), PSOL (3), PSDB (2), Republicanos (2), Cidadania (1), PV (1) e Rede (1). PP, Avante, Patriota, Solidariedade e Podemos afirmaram à reportagem ainda não ter uma lista definida. O PC do B não deve ter candidatos.

Influência

As eleições municipais exercem influência direta no cotidiano parlamentar. Isso porque muitos deputados são eleitos com apoio de prefeitos, que, por sua vez, dependem do envio de emendas dos parlamentares para realização de obras nos municípios, além das transferências especiais (quando o recurso é enviado sem que se destine a um projeto específico). Além disso, historicamente a Câmara fica mais esvaziada durante o processo eleitoral, com os deputados focados em atuar em seus redutos. Segundo o levantamento, haverá embates entre esses deputados em sete municípios até o momento. (Fonte: Folha de S.Paulo)

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