Neste artigo, o renomado médico cardiologista com atuação em Petrolina, Anderson Armstrong, aumenta ainda mais a polêmica em torno das medidas de combate ao novo coronavírus (Covid-19) na região. Entre outros argumentos, ele acredita que o isolamento vertical (grupos de risco formado por idosos e pessoas com doenças crônicas) poderia ter sido adotado primeiro, já que a cidade não chegou ainda à fase 3 do Covid-19 (quando ocorre a transmissão comunitária, ou seja, a pessoa adoece sem saber de quem se contaminou).
Confiram:
Aos que cobram detalhamento sobre minha opinião acerca das medidas de enfrentamento ao COVID-19.
Antes de qualquer coisa, eu só queria deixar claro que minha opinião não traz ideário político-partidário em absoluto. Eu vinha dando minha opinião a esse respeito e enfrentando reações que para mim possuem claro viés político-partidário, o que infelizmente vem sendo a regra neste cenário polarizado que o Brasil e boa parte do mundo vivem.
Tenho sido muito cobrado por opinião, considerando que há anos dou aula de epidemiologia no mestrado e doutorado tanto da Uneb quanto da Univasf. Apesar de meu foco científico ser em Epidemiologia Cardiovascular, a epidemia do COVID tem demonstrado oportunidade única de reflexão de vários dos princípios epidemiológicos. Vou tentar detalhar minha opinião pessoal, com base no conhecimento que tenho.
Minha opinião é que nós, médicos, praticamos a ciência da incerteza, da probabilidade. Seja no atendimento individual ou nas condutas epidemiológicas, temos que trabalhar em cima de parâmetros técnicos, mas precisamos ser profissionais capazes de nos sentirmos confortáveis de conviver e operar na incerteza. Esse é um momento de grande incerteza. Quem alegar que tem a solução absoluta está mentindo!
Tem sido divulgado na mídia que o isolamento social horizontal (em que todos ficam isolados) é a única forma de enfrentamento da epidemia. Também vem sendo propagado que essas medidas são consenso absoluto na comunidade científica. Nenhuma dessas ideias é real. Essa epidemia é única em tantos aspectos que não há evidências científicas a serem utilizadas como fontes absolutas de condutas.
O isolamento horizontal, em que todos são postos em quarentena, é uma arma no “arsenal terapêutico” da epidemia. Mas precisa ser colocada como opção em situações específicas e com objetivos específicos. A tendência atualmente é usar o isolamento para impedir o adoecimento em massa e colapso do sistema de saúde. Dessa forma, não seria tentar impedir que a doença chegasse, e sim tentar fazer com que as pessoas adoecessem aos poucos, depois que o vírus já estivesse circulando na população. No entanto, Petrolina começou isolamento antes de ter o primeiro caso confirmado. Cidades aqui no Sertão (como Belém do São Francisco) nem têm caso suspeito e já adotaram o isolamento social horizontal.
Eu tenho pontuado que uma medida dessa natureza (assim como uma medicação) tem efeitos colaterais nocivos. No caso do isolamento, desemprego, perda de renda, recessão… esses efeitos maléficos já começaram no nosso Sertão!
Isolar sem casos não permite que a população se imunize naturalmente. Mais na frente essa cidade provavelmente terá um pico de infecção em massa! Só valeria a pena fazer isso se tivéssemos uma perspectiva de vacinação a curto prazo, tipo 6 meses. Mas as estimativas otimistas parecem ser de cerca de 18 meses. O COVID (assim como zika, chikungunya, dengue, febre amarela, H1N1) veio para ficar.
Quem não se imunizar vai ter risco de pegar um novo ciclo em menos de um ano. E como evitar isso? Só evitamos o ciclo se 50-60% da população for imunizada. Já que a imunização por vacina não é possível a curto prazo, vamos analisar as opções. Os dados que nos chegam é que o COVID tem faixa de risco bem definida. Diferente do H1N1, que pega crianças e adultos, o COVID só ultrapassa mortalidade de 1% a partir dos 60 anos. Outro grupo de risco são pessoas com doenças crônicas. Então, pessoas fora desses grupos possuem muito baixo risco de morte (menor que 1%). Ou seja, maior o risco de morrer de acidente de carro ou em um assalto nas nossas grandes cidades. Essas pessoas de baixo risco poderiam ser expostas ao vírus para que possamos atingir um nível de imunização populacional que impeça novos ciclos.
Vão caber interpretações porque, como eu disse, as evidências definitivas não existem. Com base nos dados a que tive acesso, eu darei minha opinião de enfrentamento ao vírus. Mas, antes de colocar o passo a passo, preciso pontuar que alguns dados outros devem influenciar a taxa de transmissão e letalidade populacional. Exemplo: Petrolina é muito quente, de construção horizontalizada (pouquíssimos prédios), com baixa densidade populacional e com número pequeno de idosos (em comparação com Itália por exemplo). É muito razoável cientificamente que tenhamos taxa de transmissão mais baixa e também taxa geral de mortalidade mais baixa que os países europeus e as grandes cidades do mundo. De modo que transpor simplesmente dados da Itália, Espanha não levam em consideração características regionais muito relevantes.
Por isso minha sugestão era que Petrolina poderia ter aguardado um pouco e considerar lockdown apenas quando atingisse a fase 3 da epidemia, a fase de transmissão comunitária (em que a pessoa adoece por transmissão local, sem saber de quem pegou o vírus). Nesse meio tempo, através de cálculos estatísticos, Petrolina poderia dosar amostras representativas da população sintomática ou assintomática para monitoramento da presença de vírus. O ideal seria dosar todo mundo, mas os recursos são escassos. A ciência oferece meios de investigação de amostras para inferir dados populacionais! Fazemos isso todos os dias nos estudos populacionais e as mesmas técnicas poderiam ser utilizadas para vigilância epidemiológica na cidade.
Manteríamos, assim, o monitoramento amostral da presença do vírus na população. No momento da detecção de transmissão comunitária em crescimento logarítmico, poderíamos considerar o lockdown conforme ocorressem os casos nossa região. Teríamos como analisar a progressão de dados e inferir qual seria a nossa taxa de transmissão local, respeitando nossas particularidades regionais, e não simplesmente importando dados estrangeiros. Esse monitoramento amostral também determinaria o momento de retorno.
Durante todo esse tempo, praticaríamos o isolamento vertical, em que as pessoas de risco (idosos e com doenças crônicas) ficariam isolados. Esses grupos de risco teriam um monitoramento mais próximo, até com vacinação para influenza/H1N1 domiciliar. É possível? Se a gente foca os recursos em quem realmente se beneficia mais, temos maior chance de gastar bem! Pode ser que o dinheiro dê para atuar nesse grupo, mas não em todas as pessoas. Também prepararíamos o sistema de saúde para receber a demanda ampliada durante esse tempo de monitoramento!
Mas essa seria uma discussão teórica. Como eu disse, Petrolina já fechou há quase duas semanas, mas faz só dois dias que chegamos oficialmente à fase 2 da epidemia (transmissão local com fonte conhecida). Em Petrolina não há um único caso oficial no momento de transmissão comunitária, de fase 3. Então temos que partir da realidade atual, em que – na minha opinião – não temos certeza dos benefícios do lockdown, mas temos certeza dos impactos negativos que já começaram em nossa região. Impacto econômico já com demissões e vendas baixas, fechamento rodoviário e aeroviário (dificultando mobilidade de equipes de serviços essenciais e chegada de medicamentos importantes).
Agora que já estamos fechados há vários dias, o que faremos? A primeira regra da medicina é não fazer o mal! Se não há o benefício claro de ser mantido o lockdown em Petrolina neste momento, mas o malefício na economia já existe, teríamos que interromper.
Se a ideia era achatar a curva de contaminação e o lockdown tiver sido empregado no momento certo pelas autoridades locais, em abril já teríamos condições de voltar com os grupos de baixo risco para eles irem se imunizando e oferecerem a proteção sistêmica populacional para o retorno das pessoas de mais alto risco.
Por isso, minha opinião atual é de Petrolina voltar em abril com população de baixo risco e manter isolamento vertical das populações de risco. Mas desde já começar o monitoramento amostral da população para inferir sobre a presença do vírus na nossa população. Também, coordenar com Juazeiro (cidade irmã) ações conjuntas. Pela proximidade e íntima relação, não faz sentido termos medidas separadas.
Eu venho tentando dar minha opinião baseada no que tenho de melhor a oferecer, mas há uma disseminação do medo que em muitos provoca histeria. Até em grupos científicos, minha posição foi vítima de ataques que em nada foram sequer próximos ao que se espera de um debate científico construtivo. Como se houvesse um certo e um errado, o que não condiz com a boa prática da medicina, em especial em um cenário de ausência de evidências conclusivas.
Continuo atendendo pessoas e tenho visto pessoas amedrontadas, com sua saúde mental comprometida. Acompanho as medidas adotadas e me parece que o medo tem sido motivador das reações de parte do poder público e também no nível das relações interpessoais. Medicina se faz com critérios técnicos claros, mesmo sem garantia de resultados. Fazer medicina/epidemiologia baseada em medo ou critérios partidários nunca dará certo! Os efeitos serão nefastos!
Não tenho a pretensão de trazer a tábua da salvação. Mas preciso ao menos trazer o alerta contra o pensamento bitolado e a política do medo. Precisamos pensar, ponderar, repensar, criticar e agir com critérios.
O Sertão tem grande população pobre, que depende de fluxo de cada imediato e precisa trabalhar. Como na prescrição de medicamentos, temos que pesar custo-benefício em nossas ações.
Que as pessoas no poder público busquem soluções técnicas e acertem mais do que errem neste momento de incerteza e dificuldade!
E que Deus continue sempre por nós!
Abraços
Anderson Armstrong/Médico cardiologista
Que publicação lfora de contexto
Perdão Dr. Anderson, vou me ater às orientações dos médicos da Europa.
E por acaso os europeus são melhores que Dr. Anderson?
Pergunta retórica.
Sim
Cheirinho de Bolsonaro no ar…
Mas o isolamento vertical não foi eficaz na Itália?
Questão da temperatura e a estação do ano?
Praticaram o isolamento vertical no momento crítico?
Dr. Anderson Armstrong é um das mentes mais brilhantes do país, e um dos médicos mais respeitados de Pernambuco/Bahia. Certamente não é uma pessoa de polêmicas e não merece a chamada dessa matéria. O título da matéria sim foi de mal gosto. As opiniões do Dr. Armstrong são científicas embasadas e levam em consideração todos os aspectos sociais e humanitários. Matérias assim prestam grande desserviço à população e à mídia. Evidenciam que a notícia é mais importante que o caráter das pessoas, sem preocupação com a história de um grande profissional, professor e médico. Lamentável reportagem. Esperava mais do senhor redator. Menos polêmica e mais notícia.
Realmente, ele está correto, errado estão os EUA, China, UE e a OMS. Vamos colocar o doutor como ministro da saúde, temos as mesmas características da Alemanha, que adotou o isolamento vertical e funcionou.
Grande profissional, que faz uma análise clara, visando não apenas técnicos, mas humano/social. Parabéns profissional do bem, nós PETROLINENSES nós sentimos mais seguros sabendo que o Vale do São Francisco conta com seu profissionalismo. Nele eu confio!
O problema maior é, quem garante que ñ passamos para fase 3? Existem subnotificações, só estão testando casos selecionados. Acho muito precoce acabar com o isolamento horizontal. Talvez se tivéssemos testando em massa a população, poderíamos ter uma resposta. Até testes realizados hoje ñ nos dão a garantia da sua negatividade, apesar de ser um teste sensível, o RT PCR tem muitas variáveis antes da leitura, que podem interferir e nos dá um resultado falso negativo. Sou um pouco mais cauteloso, liberar isolamento vertical nesse momento de incerteza se já ñ estamos na fase 3, é muito temeroso. E comparar nossa população com outra de qualquer país ñ é adequado, mas a história recente de Milão, nos deixa uma grande interrogação: Vale a pena correr o risco com cerca de 60 leitos de UTI na região?? Lembrando que ñ só idosos vão para ventilação mecanica em UTI. Acredito que a liberação deva ser programada por etapas e setorial. Mas respeito a opinião de Dr Anderson.
Por etapas, mas ñ nesse momento.
Muito esclarecedor o texto.
Dr Anderson, sua opinião deve ser empregada com bastante cuidado neste momento, pois pode custar a vida de muitas pessoas. Hoje assisti o.prefeito da Itália pedir desculpas porque subestimou a tragédia que o vírus traria.
Concordo que com relação a situação econômica o governo precisa abrir os cofres públicos e investir na vida das pessoas, esse momento vai passar, a economia vai cair, mas com luta, levantamos o país. Mas, a vida não volta doutor!!
Sou sua paciente e lhe respeito muito como profissional e como ser humano, talvez, esteja em pânico como todos, e buscando amenizar o colapso econômico, porque neste momento não temos um governo federal que crie mecanismos para apoiar a crise instalada por essa pandemia, sei que muitos estão preocupados, mas, o nosso povo é guerreiro e vai vencer
Contudo, essa ideia de isolar apenas idosos e grupos de risco, não tenha na prática a eficácia esperada, vez que em países que assim tentaram, muitas vidas se foram!!
Este comentário merece respeito.
Em Petrolina, embora não se ignore o potencial da cidade, os gestores costumam copiar as ideias de grandes metrópoles sem nenhum critério. Veja-se o VLT e a faixa exclusiva para ônibus na gestão passada. Nenhuma das propostas prosperou. Agora, da mesma maneira, o isolamento social como se fôssemos a maior capital do país. É preciso ponderação. Excelente artigo do médico, que nos faz refletir sobre as medidas adotadas no âmbito municipal.
Petrolina não é uma metrópole e muito menos tem o número de leitos e valor de investimentos de tais cidades, a doença não escolhe a cidade que vai infectar, não seja arrogante.
“Quando todos pensam igual é porque ninguém está pensando”
WL
Dr Anderson, Brilhante como sempre.
Não se pode dar um remedio mais nocivo que a doença. A falsa ideia que fechar tudo vai previnir a transmissão da doença é absurda, ate pq nao se pode fazer “lockdown” para sempre.
As ações tem que ter objetivos claros e “time” relacionados aos “gatilhos ” corretos.
E pra qm esta falando em “preservar a vida”, “economia se conserta”, recomendo sair um pouco da sua bolha e conversar com o ambulante, o desempregado, e lembro que em anos normais, a fome mata 3-4 mil pessoas por ano no Brasil …
Imagina com lockdown
Prefiro seguir a OMS, próximo. Quem quiser se matar e matar seus entes queridos que vão pra rua, boa sorte.
Nunca vi numa feira livre. Fácil opinar sobre a vida alheia, nem existe esse termo isolamento vertical, nem existe mais grupo de risco. Todos somos do grupo de risco, de. Mas só alguns abastados são do grupo de ricos.
Falou bonito, só perdeu para o SILÊNCIO.
Dr. ANDERSON é sim um grande profissional, mas perdeu uma grande oportunidade de ficar calado!!!!!! É um representante da classe médica que apoiou esse governo que aí está, e que tem que se preocupar em ficar dando desculpas esfarrapadas devido às opiniões e ações desastradas do presidente. Existe viés político sim, em sua fala isso fica bem claro, vou preferir adotar as orientações da OMS e alguns países sérios como Coréia do Sul e Alemanha que adotaram o isolamento social horizontal!!!!!
Concordo plenamente com o Dr. Anderson. Se ele não tiver habilitação pra falar desse assunto, quem terá. É só pesquisar as grandes pandemias ocorridas desde de 1.817 até hoje. Febre tifo, febre amarela, peste bubônica, poliomielite, sarampo, cólera, marburg, ebola, varíola, Gripe Espanhola, HIV tuberculose, H1N1, e tantas outras igualmente importantes. Em quase todas elas ou se encontrou uma vacina, ou um antibiótico, ou se imunuzou ao longo tempo pelo replique de contaminação de grande parte das pessoas mais jovens e que puderam suportar.
Boa noite. Todos temos muitas incertezas em relação à epidemiologia das doenças, sobretudo em relação às novas e, mais precisamente, no que tange às pandemias. Anderson Armstrong é um cara muito sério, e a opinião dele deve SIM servir de embasamento para nos balisarmos nas nossas decisões…
Simplesmente sensacional. Estrategias fundamentadas e aplicadas no momento certo.
Imagino que precisamos conseguir um meio termo, tudo bem fechar por alguns dias para ver a dimensão do problema e poder controla a desimanação, mas fechar por meses não há economia que aguente, mesmo com ajuda do governo, pois o governo não aguenta e o mercado precisa estar funcionando para gerar riquezas. Precisamos continuar com medidas fortes de higiene, por algum tempo manter-se distante, manter algumas atitudes, exemplo: ouvi uma matéria dizer que máscara de pano não filtra, apenas poderia evitar que algumas gotículas se espalha-se e contaminar quem estar perto, ótimo, se quase todo mundo usar máscara de pano por alguns meses ou anos, a contaminação seria lenta ou nula o que poderia ir imunizando aos poucos parte da população. Temos que achar um meio termo, não dá pra deixar de se prevenir, mas não dá pra parar por meses, é o que eu penso.
Concordo com todo o relato de defesa . A propria China não parou e está de pé. E é ela quem esta fornecendo todo material para os outros países. Por que? Porque nao pararam de trabalhar senao como iriam ter todo esse estoque se eles tsmbem tiveram que usar.
Não temos como saber quem tem o vírus, como vamos controlar? será que o Sr. sabe quantos diabéticos, hipertensos, idosos e outras pessoas com patologias que os tornam grupo de risco temos em Petrolina? qual o plano que o sr. tem pra fazer um isolamento dessas pessoas no João de Deus, no José e Maria, na Vila Eduardo? o senhor tá brincando de médico
Nobre Dr. O senhor termina o seu texto com “momento de incerteza e dificuldade…”. Como dizer que estamos em um momento de incertezas e redigir um texto tendencioso promovendo que a quarentena horizontal não seria o melhor para população. Ignoras o que está acontecendo com a Itália? Não querendo jamais desmerecer seu trabalho, mas, prefiro ficar com a opinião dos demais especialistas. VAMOS SIM, FICAR EM CASA! PARABÉNS MIGUEL PELA ATITUDE DE AGIR ANTES DE CHEGAR O CAOS EM NOSSA REGIÃO.
Vaidade, tudo o mais é vaidade…
Pronto Dr A A , teve seu minuto de fama. O jovem Doutor é fotogênico. Com todo respeito, jovem médico… você como analista de cenários, economia e palpiteiro, é um ótimo cardiologista..
P.S. : o senhor está atendendo normalmente na Cardiovasf? Vou marcar uma nova consulta assim que o isolamento horizontal for distensionado.
Francamente, ainda me dei o trabalho de ler toda essas mal traçadas linhas…
Vou dormir que já passou da hora!
Boa noite Carlos Britto e fiéis leitores.
Gostaria de externar as minhas desculpas por ter sido tão indelicado no comentário que fiz anteontem a respeito do artigo de autoria do renomado médico cardiologista, Dr. Anderson Armstrong e publicado nesse Blog.
Por mais que eu discorde do que o artigo defende e do que o médico pensa, eu não precisava ter sido tão irônico e desreispeitoso nesse espaço, democraticamente disponibilizado por Carlos Britto. Principalmente e particularmente com meu Cardiologista, que sempre me atendeu de maneira educada, profissional e holística.
Aceite minhas escusas, Dr Anderson!
Apelar para a razão hoje é ser “bolsonarista”. Tempos sombrios em que grassa o virus da ignorancia e da histeria. Obrigado pelas ponderadas reflexões.
hummm fedor de bossobosta no ar
Parabéns Anderson pelo posicionamento ponderado. Você tem bagagem e autoridade de sobra para expor sua opinião sobre o cenário que enfrentamos. É um profissional sério e coerente. Não expõe opinião para agradar A ou B, mas para demonstrar o que faz mas sentido. Teria saído mais barato disponibilizar teste rápido em larga escala para isolamento criterioso dos casos positivos, pois o prejuízo econômico em cada família atualmente coloca a cidade numa crise sem precedentes. É hora de rever estratégias pois a jornada será longa, infelizmente.
*mais
Respeito a opinião de todos, mas no
Momento o que não tem faltado é artigo “com embalsamento e para todos os gostos” muita gente querendo se aparecer.
Só digo uma coisa: cuidado!
Vejam os exemplos que já temos (Itália, Espanha, EUA…)
A imprensa peço que filtre mais as publicações.
Lamentável!
Não o conheço, não sei se é partidário ou não. Mas compartilho desta mesma ideia. Parabéns!!!
ESSE MÉDICO DEVERIA ESTAR NA LINHA DE FRENTE ATENDENDO OS PACIENTES DE CORONAVIRUS EM SÃO PAULO. SERÁ QUE JÁ ATENDEU PACIENTES COM COVIT-19? SERÁ QUE ESTÁ POR LÁ OU ESTÁ EM SUA CONFORTÁVEL CLÍNICA OU EM SUA CASA ASSISTINDO PELA TV OU LENDO NA INTERNET OS CASOS? PIMENTA NO DOS OUTROS É………..
Pitu da Capital do Bode? és tu?
E os números de mortes diárias na Itália e Espanha não servem evidência o que servirá ?
Muitas palavras e pouco responsabilidade, há consenso de várias entidades médicas, incluindo Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Epidemiologia, além do CFM – Conselho Federal de Medicina e AMB – Associação Médica Brasileira, que definem como crucial o isolamento social horizontal como uma das medidas mais importantes visando a diminuição da velocidade de propagação da infecção dando tempo as autoridades de saúde para a organização da atenção médica aos doentes, ninguém nega a possibilidade de contagio o que se fala é da diminuição da velocidade de contrair a doença.
Assim que graças a Deus, o prefeito de Petrolina e o governador de Pernambuco estão atuando e que permanece, baseado e evidências e orientações das maiores autoridades nacionais e internacionais e baseado nos consensos existentes hoje no mundo.
Seu artigo por mais bem escrito que seja é um desserviço à todos os esforços que vem sendo feito pelo povo brasileiro nessa hora de falta de coordenação do executivo federal que a cada momento só atrapalha os que têm atuado para salvar vidas. Perdeu a oportunidade de ficar calado. E a depender você e outros deveriam ser responsabilizado criminalmente por defender tais ideias em um blog de grande circulação regional.
Não obedeçam nem essa nem outras sandices que venha se publicadas visando retirar as pessoas do isolamento.
Bom, tenho parentes na Itália e por meio deles fui informado que lá começou assim, primeiro isolamento social, depois relaxamento social e hoje selecionando quem vai viver.
Sou farmacêutica e defendo o isolamento social, infelizmente tem profissionais que precisam trabalhar pois trabalham és serviços essenciais, insoloar somente grupo de risco talvez não seja a melhor opção.
Não somos uma máquina de RX que detecta como nosso organismo estar por dentro, como estão as nossas defesas, a diabetes por exemplo é uma doença silenciosa e muitas podem ter a doença e não saber, um câncer em sua fase inicial em que a pessoa não sabe que tem e assim sucessivamente inúmeras doenças que as pessoas podem ter e não saber.
Então meu caro doutor, isolamento total, sei que consequências virão, em diversas setores, principalmente na econômia, mas nada, nada é mais importante do que a vida e isso tudo só está acontecendo por causa da ganância do homem por dinheiro.
O Professor não dá somente escolhas à direita ou à esquerda. Se utiliza de ferramentas da epidemiologia no combate da pandemia EM FASES. Se recusa, com sempre, a ser um vira-lata do mundo, e utiliza seu prestígio de um dos maiores pesquisadores da Cardiologia/Epidemiologia a tentar nos ajudar no controle LOCAL da epidemia.
Na ciência, não há polêmica vendável. Na ciência, festejamos a incerteza como essencial a busca da verdade mais provável.
A ciência nos treina a ter Honestidade intelectual.
Fico feliz em ver que o Blog deu espaço a esse tipo de debate. É como uma pausa do João Kléber nas pegadinhas.
Aos comentários mais vis, lembro que o Professor e suas pesquisas em doenças cardíacas têm permitido a sobrevida de muitos, como nunca mesmo a cura/prevenção ao Coronavírus será capaz de alcançar.
Colocar a vida dos outros em risco tendo como isolar sua família e tendo recursos para se tratar caso se contamine é fácil nobre Dr.
Que Deus proteja seus funcionários e demais pessoas que tem contato com o sr. na sua clínica que parece estar funcionando normalmente. Dinheiro acima da saúde
Depois que vi que ele chama de EPIDEMIA o que diversos especialistas e órgãos de saúde de todo mundo dizem ser PANDEMIA, não consegui confiar em nada mais que foi dito neste texto. Haja!
Vai morrer muita gente no Brasil , muitos pelo vírus e a maioria pela ignorância .
Maior ainda será o numero de mortes pela na disputa , se o vírus é de esquerda ou de direita , é o que se mais discute nas redes sociais . A explicação que esse médico fez , foi a mais centrada de todas que eu já ouvir até agora . Com posicionamento técnico , pautado em anos de experiências , e respeitando as condições regionais e nossas dificuldades de acesso hospitalar. Esse vírus é algo novo , que se comporta de formas diferentes , em diferentes regiões do mundo , precisamos de ter meios diferentes de combate-lo .Seria interessante , se os secretários de saúde da região , ouvissem dr. Andeson
Ficam as indagações:: E porque não considerar o isolamento horizontal que também é defendido por diversos técnicos e estudiosos renomados? Porque não aumentar o número de testes de forma prática? Porque não liberar os recursos para a pesquisa médica e sanitária?
” Diferente do H1N1, que pega crianças e adultos, o COVID só ultrapassa mortalidade de 1% a partir dos 60 anos.” Essa afirmação não parece minimamente honesta diante dados epidemiológicos que temos. Parece que o texto tem um forte ideal combativo ao isolamento que não permite o rigor na pesquisa dos dados, infelizmente, mais um texto político que usa o argumentum ad verecundiam da ciência.