Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (13), a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) revelou mais detalhes sobre a prisão de um homem acusado de extorsão em Petrolina, ontem (12), por agentes da 4ª Delegacia de Combate à Corrupção (4ª DECOR). Ele exigia R$ 200 mil de uma mulher, ameaçando divulgar fotos íntimas dela obtidas após o conserto do seu celular em uma assistência técnica local.
O delegado Paulo Furtado, responsável pelas investigações, afirmou que o caso foi registrado em abril deste ano, quando a vítima denunciou as ameaças. “Ela recebeu uma mensagem no e-mail da mãe perguntando quanto estaria disposta a pagar para que fotos íntimas suas não fossem divulgadas. Em seguida, o contato foi intensificado via WhatsApp”, explicou Furtado.
Após identificar o suspeito, a polícia descobriu que ele havia fugido para o estado de Santa Catarina, onde foi expedido um mandado de prisão. Contudo, novas diligências indicaram que o homem havia retornado a Petrolina, onde foi finalmente capturado com o apoio da 4ª DECOR.
Furtado destacou que o criminoso trabalhava em uma assistência técnica de celulares, onde teve acesso ao conteúdo privado do aparelho da vítima. “Identificamos que o autor do crime foi o próprio técnico, que recebeu o celular para conserto. Ele aproveitou o acesso ao aparelho para coletar as imagens e começou a extorquir a vítima”, acrescentou o delegado.
Apesar da gravidade das acusações, o suspeito preferiu permanecer em silêncio durante o interrogatório. “Ele não confessou o crime, mas as provas obtidas, como os prints das conversas e o rastreamento do aparelho, são contundentes”, afirmou Furtado.
Investigação e prisão
A operação que resultou na prisão do acusado foi coordenada pelo delegado Eronides Meneses, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, com o apoio da Diretoria de Inteligência (Dintel) da PCPE. As autoridades ressaltaram que, com a divulgação do caso, novas vítimas podem surgir. “Se outras pessoas passaram por situações semelhantes, pedimos que procurem a Polícia Civil para denunciar. Garantimos o sigilo total para proteger as vítimas”, afirmou Furtado.
O suspeito foi encaminhado ao presídio de Petrolina, onde aguarda julgamento. Ele responderá pelo crime de extorsão, com pena que pode variar entre 4 a 10 anos de prisão.
A PCPE reforçou a importância de se manter vigilante quanto à segurança digital e orienta que os cidadãos procurem sempre locais de confiança para serviços de assistência técnica, a fim de evitar esse tipo de crime.
