Polícia Federal divulga nota sobre operação que prendeu quadrilha na prefeitura de Araripina

por Carlos Britto // 09 de maio de 2015 às 07:20

Operação PF AraripinaA polícia Federal (PF) divulgou o balanço da operação ‘Paradise’, que desarticulou na última quinta-feira (7) uma associação criminosa na administração municipal de Araripina (PE), no Sertão do Araripe. A operação, iniciada em 2013, foi deflagrada com 23 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão temporária na prefeitura da cidade, comandada por Alexandre Arraes (PSB).

As investigações revelaram crimes como fraudes em licitações e desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas no município com verbas oriundas do Ministério da Educação. Entre os suspeitos no esquema estão Paulo e Ricardo Arraes, irmãos do prefeito.

Confira a nota na íntegra:

A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Salgueiro, e a Controladoria Geral da União, regional de Pernambuco, deflagraram na manhã desta quinta-feira  07\05, a operação Paradise. O objetivo da ação é debelar uma associação criminosa, uma verdadeira quadrilha que se instalou na Prefeitura de Araripina desde a posse do prefeito Alexandre Arraes. As investigações revelaram desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas no município de Araripina/PE com verbas oriundas do Ministério da Educação.

O nome da operação é uma alusão a um loteamento fechado, denominado Paraíso, que um dos investigados está construindo na cidade de Araripina.

As investigações se iniciaram em 2013 e revelaram que há um ajuste, um acordo entre os licitantes para fraudar as licitações, uma vez que pela análise dos quadros societários das empresas licitantes e vencedoras, há empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos nos quadros societários. Igualmente, foi verificada a concessão de descontos padrões nas ofertas realizadas, típico de quem não está realmente disputando, “brigando” para vencer a licitação.

Após a licitação, com a assinatura do contrato, não é a empresa vencedora que executa a obra, mas sim as empresas de Paulo Arraes e de Ricardo Arraes (irmãos do prefeito de Araripina) que executam as obras. Não há pagamento dos encargos sociais (não há recolhimento do INSS e do FGTS); as obras se protraem no tempo, no intuito de se conseguir mais e mais aditivos contratuais, sempre com a intenção de lucrar mais. Serviços não são executados, porém são pagos; algumas vezes pagos em duplicidade. Os engenheiros da prefeitura inserem dados falsos (fotografias e atestes de medições nos sistemas do FNDE) – tudo para liberar os recursos federais.

Foram cumpridos mandados nas cidades de Araripina\PE, Juazeiro do Norte\CE, Assaré\CE e Jaicós\PI. Ao todo, mais de duzentos policiais federais e fiscais da CGU participaram da operação. Os presos foram conduzidos para a delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, a fim de serem interrogados em sede de inquérito policial. (fonte: Diário de PE)

Polícia Federal divulga nota sobre operação que prendeu quadrilha na prefeitura de Araripina

  1. GUILHERME VITOR disse:

    HILARIAS SUGESTÕES.

    MUDAR O NOME DE ARARIPINA PARA BRASILIA
    E A PREFEITO A PARA PETROBRAS

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