Em assembleia realizada em frente ao Palácio do Campo das Princesas, policiais civis de Pernambuco decidiram, no início da noite de ontem (28), entrar em greve por tempo indeterminado. Como a lei obriga que a paralisação ocorra após 72 horas de sua deflagração, agentes e comissários cruzam os braços a partir da próxima terça-feira, já que segunda é feriado.
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Claudio Marinho, a decisão da categoria é uma resposta à falta de diálogo do governo. “A deflagração da greve demonstra a insatisfação dos policiais, que são os verdadeiros responsáveis pela redução da criminalidade, que o governo já está até anunciando na televisão, e não estão sendo valorizados”, destaca Marinho.
A categoria reivindica a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), reajuste salarial de 63% e mudança no horário dos plantões nas delegacias.
Claudio Marinho garante que até terça-feira o Sinpol vai informar ao governo do Estado quais locais irão funcionar durante a greve. “Vamos cumprir a lei, mantendo 30% dos serviços em funcionamento e informando quais locais vão continuar funcionando”, afirma o presidente do sindicato.
Antes da deflagração da greve, que só aconteceu no início da noite, a Secretaria de Administração informou, através de nota, que “foi formalizado, por meio de ofício, que para o exercício de 2009 não há espaço financeiro para novos reajustes.” Após o anúncio da paralisação, tanto as Secretarias de Administração e Defesa Social afirmaram que só iriam se pronunciar sobre a greve após serem comunicadas oficialmente.